sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Palavras que incentivam

*Nilo: anexo o texto que a dona Elody Menezes publicou nesta quinta-feira, dia 17, no "Jornal da Cidade". Ela faz referência ao teu blog. Leia abaixo. (Guido Ávila)

Fotos

Elody Helena Veiga de Menezes

Encantei-me com o blog do Nilo Dias sobre São Gabriel. Já o repassei para os meus filhos e vários amigos porque acho que, entre tantas coisas inúteis e até inconvenientes que encontramos na Internet, a página dele é um testemunho de amor e respeito pelas tradições de nossa terra e, ao mesmo tempo, um delicado lembrete, principalmente aos que estão longe daqui, para que não esqueçam que, como dizia o grande poeta, Casimiro de Abreu: “Tem tantas belezas, tantas/ a minha terra natal”. Não me canso de olhar aquelas fotos antigas (muitas que eu já conhecia) recordação de uma São Gabriel menos desenvolvida, mas muito mais romântica do que esta em que vivemos atualmente. Até enviei algumas fotos com cenas típicas daqui para o Nilo colocar em seu blog.

Eu sempre fui apaixonada por fotografias, mas a fotografia de papel, aquela que se pode carregar na bolsa e mostrar ao companheiro de banco em uma viagem ou à amiga de infância ao encontrá-la numa esquina, sem haver necessidade de nenhum aparelho especial, ligado em uma rede elétrica. Quando muito precisamos de óculos para ver melhor, o que, normalmente, a gente já carrega sobre o nariz.

Cada vez mais lamento o espaço que os modernos dispositivos de armazenamento de fotos (CDs, DVs, Pen drives,etc.) estão tirando da fotografia de papel. E ainda mais deplorável é o descaso com que algumas pessoas tratam as fotografias. Agora está fora de moda colocar fotos nas paredes e então aqueles belos retratos antigos, às vezes pintados até por artistas, são relegados ao depósito de velharias, quando não são colocados no lixo. Mas o que mais me indigna é quando mostro uma foto antiga para alguém, pensando ingenuamente, que será admirada e respeitada como uma raridade, e essa pessoa faz comentários zombeteiros, rindo das vestimentas antigas, dos penteados elaborados, das poses rígidas e formais, sem ter a mínima noção de que eram outros tempos, quando uma fotografia era coisa rara que deveria ser conservada para o resto da vida e as pessoas tinham que se apresentar em seu melhor aspecto. E agora... meu Deus, nem dá para comentar as indecências que se registram em fotografias!

Mas, afinal, temos que viver nosso tempo e, para algumas coisas, somos obrigados a acompanhar a evolução E por isso, fiz como a maioria, reuni minhas fotos em um pen drive para evitar que, por algum acidente, sejam apagadas do computador, mas nem por isso deixei de mandar copiar aquelas que mais gosto, colocá-las em molduras e espalhar pelas paredes da sala e por cima dos móveis, ou guardá-las em álbuns. São registros de toda uma vida que conservo com o maior carinho.

Nota: Agradeço de coração a amiga Elody por tão bonitas e carinhosas palavras. E espero que continue colaborando com o blog, no envio de quantas fotografias entender. Também acho que no tempo das fotografias no papel, era bem melhor. (Nilo Dias)

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