quinta-feira, 21 de junho de 2012

O Maneco do Imparcial

*Manoel Airton Macedo Rodrigues nasceu no Distrito de Tiarajú, em 11 de novembro de 1943. Seu apelido "Maneco" foi batismo dos seus colegas da Escola Estadual XV de Novembro, onde fundou, com a ajuda de seu irmão Adair e outros colegas, o "CTG Tio Anastácio", criando o primeiro corpo de danças, que depois encontrou abrigo no "CTG Caiboaté".

Maneco foi um tradicionalista reconhecido, prestou grandes serviços ao movimento, criando outros grupos de danças em diversas entidades. E o mais importante: plantou a semente nos colégios. A escola Fernando Abbott teve um grupo que participava com galhardia no Estado gaúcho. O tradicionalismo em São Gabriel teve em todos os seus passos a mão discreta mas competente do Maneco.

Foi colaborados do Jornal "O Imparcial" durante muitos anos, com suas colunas sempre atuais e suas críticas sutis aos fatos do momento. Dominava com sabedoria as artes de escrever e da oratória. Foi professor nas Escolas Perpétuo Socorro, Marques Luz e Celestino Cavalheiro.

Após sua morte foi homenageado pela Escola Sueny Goulart, a qual deu seu nome ao Centro Cívico da Escola. Ainda como jornalista, foi redator de "O Imparcial" e correspondente de "Zero Hora".

Faleceu em 30 de outubro de 2001. Aos atos fúnebres de "Maneco" compareceu uma multidão de crianças, idosos, ex-alunos, alunos, colegas, tradicionalistas; inclusive um grupo de cavalarianos da Coordenadoria Tadicionalista. Ele teve a marcante despedida que merecia. Colheu o que soube plantar com muita dignidade e ética profissional. (Fonte: Editora Alcance)

Sonho e Realidade

Manoel Airton Macedo Rodrigues aprontou com o maior mimo o seu "Sonho para a Realidade", em 1993. É o ano grafado nos originais que me entregou, anos mais tarde, quando consegui arrancar-lhe de suas gavetas, numa de minhas visitas à querida São Gabriel.

Combinávamos a sua publicação quando infelizmente ele partiu em 2001. E os originais foram ficando nos escaninhos de minha editora. E cada vez que os via por ali, me olhavam, cobrando vida, querendo tomar corpo. Eu perdia o prumo. (Enquanto a "Alcance" ia publicando centenas de autores deste mundão de Deus. E os meus títulos próprios.)

O sentimento de culpa me incomodava. O "Maneco" ali, parado, em forma de papel e de poesia, me olhando do partidor de uma cancha reta.

No início de 2009, decidi: Vou fabricar um tempo para tornar Realidade o Sonho do meu amigo. Amigo de sairmos para clubes e bailes, encontrar gurias para dizer-lhes poemas, dançar e namorar.

A conversa com seus irmãos, Adair e Nilza, me alentaram a alma com a permissão para editar o livro. (Com a ajuda do professor Meneghelo, meu mestre dos tempos do XV de Novembro, que me conseguiu o contato com ambos).

Agora podemos afirmar: Se no outubro de 2001 o poeta Manoel Airton faleceu, no outubro de 2009 renasceu com seu "Sonho e Realidade" na 3ª Feira do Livro de São Gabriel e na 55ª Feira de Porto Alegre. Isso é a ressurreição pela Poesia. (Rossyr Berny)


O inesquecível Manoel Airton Macedo Rodrigues, o "Maneco do Imparcial")

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