segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Canário Alegre

Não consegui contar a história da vida de Joel Moreira. Isso me causou uma frustração muito grande. Já com o Adão Brasil dos Santos, o “Canário Alegre” tive mais sorte. Guardo até hoje uma fita “cassette”, gravada lá na casa comercial do Gil, na Vila Maria, onde ele, de viva voz contou como foi sua trajetória neste mundo de Deus.

Lembro bem, foi num sábado à tarde. Eu e o Paulo Mattos, amigo e radialista, depois de “umas e outras”, resolvemos entrevistar o “Canário”. Ao som da velha gaita de oito baixos e ao esvaziar de generosos copos, gravamos detalhes da vida daquele que foi um dos nossos maiores tradicionalistas.

Tempos depois da morte de “Canário”, o amigo José Boaventura Félix, no seu programa dos sábados a tarde na Rádio Batovi, colocou no ar a fita.

“Canário Alegre” foi uma figura sem igual na vida de São Gabriel. Sua popularidade ultrapassou as fronteiras do município. Lembro de uma ocasião em que eu estava no Bar Santa Cruz, em Rio Grande, logo depois de uma viagem a São Gabriel. Um conhecido perguntou: “Tchê, lá na terra de onde tu vem, tem um cara chamado “Canário Alegre”. Já ouviu falar dele?"

“Canário” foi assim: um homem simples que soube usar o talento do improviso para deixar seu nome gravado de maneira definitiva na história gabrielense e gaúcha.

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