segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

*Que saudade do Nilo "fera". Inquieto e arisco para disparar a qualquer momento todo o seu potencial, num fato até modesto e transformá-lo numa grande matéria. Muita gente não gostou do David Nasser, mas quem parar para observar teu trabalho deverá se deparar com um gênio, gostem ou não seus críticos. Nilo Dias hoje com todo aquele potencial que tinha, seria um dos maiores jornalistas do país.

Modéstia tua. Quem te viu de perto e acompanhou aquele ritmo, pode avaliar. Hoje qualquer bosta é jornalista, mesmo com faculdade. Muitas vezes me assusto com os fiascos de alguns diplomados, inclusive da “Globo”. Grande parte dos jornalistas não sabe perguntar, já que perdem a embocadura por passarem o tempo todo com pautas de superiores não menos medíocres.

Queiras ou não, Nilo Dias foi grife. Eu fui testemunha. Um show inesquecível. É a tua história, sem internet, face e todas as facilidades de hoje. As vezes eu lembro do Germano Leite, do jornal “Agora”, de Rio Grande, com aquela cara de “Madre Teresa” arrependida, ter o seu jornal com alto grau de credibilidade, graças ao teu trabalho e aos furos imperdíveis do grande repórter Horacio Gomes. Não fosse todo aquele arrojo, a empresa dele não passaria de uma revenda de pneus.

Assis Brasil Silveira – Jornalista – Pelotas - RS

OBSERVAÇÃO: O jornalista Assis Brasil Silveira é autor do livro "Balaio de Causos", em que conta histórias reais protagonizadas por profissionais que trabalharam em órgãos de Comunicação nas cidades de Pelotas e Rio Grande. Este jornalista, responsável pelo blog, no tempo em que era repórter e editor do jornal "Agora", de Rio Grande, também faz parte do livro.

Assis Brasil escreveu sobre ele (Nilo Dias): "Várias notícias de peso dominaram o noticiário na cidade de Rio Grande na segunda metade dos anos 70. Notícias de impacto internacional como a "Maré Vermelha do Hermenegildo", com o show de competência do jornalista Nilo Dias Tavares. ... E um número enorme de matérias que alcançaram repercussão nacional.

Estávamos no ano de 1975 e o jornalista Nilo Dias Tavares vivendo uma das melhores fases de sua carreira, com matérias imperdíveis, que encantavam os riograndinos. Do fato mais simples saia uma pérola e o principal jornal da cidade esgotava rapidamente.

Nilo Dias foi um jornalista marcante na imprensa da cidade de Rio Grande e nos vários veículos em que atuou, até fixar residência em Brasília. Um profissional completo que sempre soube fazer jornalismo de qualidade, e dava verdadeiras aulas para os mais jovens que ingressavam na profissão".

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