segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

Torcedores populares

*No decorrer dos anos, foram muitas as figuras populares e folclóricas que frequentaram os estádios e campos de futebol de São Gabriel.

Num passado mais recente, tivemos a “Margarida”, torcedora fanática da S.E.R. São Gabriel, que vendia amendoim torrado no Estádio Silvio de Faria Corrêa. A todo o momento, ela se virava em direção ao gramado e gritava: “Viva o São Gabriel”, enquanto levantava o vestido para delírio dos demais torcedores.

Outro personagem, “Santo Louco”, não perdia um só jogo da S.E.R. São Gabriel, uma de suas paixões, a outra era o Internacional. Inexplicavelmente para quem o conhecia, sempre chegava ao estádio completamente sóbrio. E quando o autor do livro era o presidente da S.E.R. São Gabriel, o “Santo” sempre assistia aos jogos a título de cortesia.

Havia também  “Chicão”, um moreno alto e gordo, que ia ao estádio depois de tomar umas e outras, gostava de exigir raça do time, por isso costumeiramente gritava: “SANGUE”. E os gozadores de plantão não perdoavam e revidavam: “Cala a boca Feijão Azedo”. E o Chicão retrucava: “É a mãe”. Ele faleceu em meados de 2011.

Outro torcedor que o autor não recorda o nome, sempre devidamente alcoolizado passava o jogo inteiro tocando um pandeiro. Com  Moacir, o popular “Boca”, a situação era diferente. Ele morava em um dos vestiários do estádio. E a impressão que dava é de que não era muito chegado a futebol. Em dias de jogos, ia para o centro da cidade e só voltava à noite. O autor lembra que cada vez que encontrava o “Boca”, este gritava: “Nilo Dias, o dono do estádio”. (Extraído do livro "100 anos de futebol em São Gabriel", de autoria de Nilo Dias)

Moacir, o popular "Boca" morou no estádio, mas não parecia ter muito interesse pelo futebol. (Foto: Marcel da Cohab)

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