Eu vivo vasculhando a Internet em busca de revistas, livros ou qualquer coisa que diga respeito a São Gabriel, justamente para poder publicar neste blog. Foi assim que encontrei o livro "Verdes Tempos", escrito por Adão Arrieche, lembrando seus tempos de 6º Batalhão de Engenharia de Combate.
São pequenas histórias reais, envolvendo companheiros de farda, especialmente aqueles que moravam nos chamados "chatôs", quartos alugados fora dos quartéis. Meu saudoso sogro, Gelcy Pereira da Motta, alugou muitos desses "chatôs", que se localizavam aos fundos do Armazém Motta, na avenida Francisco Hermenegildo da Silva, proximidades do 9º RCB.
Publico uma historinha, em que dela faz parte o meu amigo de muitos anos, major Carrion, que foi colaborador do jornal "Tribuna do Povo", que editei em São Gabriel.
"Em São Gabriel o cabo Arrieche estudava à noite no Colégio XV de Novembro. A escola era frequentada por muitos militares, que iam fardados para a aula. Havia um professor de história que era major reformado, de nome Carrion. Era um grande professor e historiador, profundo conhecedor da história do Exército.
Era intervalo de recreio e o Arrieche conversava com o major, no saguão de entrada da escola. Era um movimento danado, algazarra, gente comendo pipoca, tomando cafezinho, etc. Foi quando passou um aluno, um civil com uma boina preta do uniforme do 6º BE Cmb.
Não deu outra, o major num psiu chamou o rapaz: "Venha cá meu filho. Por acaso você é soldado? Resposta: "Não senhor". "Você é namorada de soldado". Resposta: "Não senhor". Concluindo": "Então tire isso já da cabeça".
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