terça-feira, 28 de julho de 2015

Cláudio contador

O major Cezimbra Jaques narra em seu livro “Costumes do Rio Grande do Sul”, a história de um campeiro que existiu em São Gabriel nos meados do século passado. Esse homem, de nome Cláudio, segundo ele, era dotado da aptidão de calcular, num golpe de vista, um bando de aves voando, um grupo de homens à distância, e bastava ver uma espiga de milho para dizer quantos grãos continha, numa facilidade estonteante.

Era um verdadeiro fenômeno da matemática mental. Ouvimos também, de outras pessoas, que este mesmo indivíduo bastava lançar o olhar sobre uma tropa de gado andando ou parada no rodeio, para dizer quantas reses estavam juntas. 

Ainda conheci o seu Dê Moreira, velho capataz de estância e famoso tropeiro. Contava com incrível precisão uma tropa de mil reses correndo, sem esquecer o pelo do animal que marcava “talha”, de 50 em 50 que ia enumerando.

Certa vez, foi muito falado, no Passo de São Borja, seu Dê contando de manhã cedo um rebanho de 1.200 ovelhas, achou falta de uma, que logo identificou na lembrança um cordeiro com uma mancha  negra na orelha esquerda.

Mandou os peões campear pelos arredores e não demorou muito deram com o borrego atrás duma macega, tal qual como havia descrito o capataz. (Fonte: Livro “História de São Gabriel”, de autoria do historiador Osório Santana Figueiredo)

Dizem que Cláudio era capaz de contar com certeza quase absoluta, quantidades enorme de aves em pleno vôo. (Foto: blog "Eu amo a natureza")

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