sexta-feira, 13 de maio de 2016

Berço e morada de militares ilustres (Final)

Médicos revolucionários O doutor José Narciso da Silveira Antunes natural de São Gabriel foi major médico na Coluna Honório Lemes e após a revolução medico chefe na Cia Swift do Brasil em Rosário do Sul

Anselmo Bernardino Vaz foi um herói da Revolução de 1923, no Rio Grande do Sul, morto no combate do Arroio Santa Maria Chico em 15 de maio de 1923.

Anselmo era civil, mas ao aderir a rebelião, assumiu o posto de capitão, comandando o 2º Esquadrão de Lanceiros, da 3ª Divisão do Exército Libertador (maragatos ou vermelhos), na tentativa de depor o governo de Borges de Medeiros (pica-paus ou brancos), que derrotado na eleição, recusava-se a entregar o cargo.

Anselmo lutou ao lado do irmão Lentino, dos sobrinhos Alberto na condição de sargento, do soldado Inocêncio e do filho Alfredo com 17 anos. Este filho vira o pai morto logo em seguida a tocaia em cima do pelotão do pai lanceiro, em Dom Pedrito as margens do Arroio Santa Maria Chico.

Anselmo era filho de Aniceto e Maria Leocádia. Segundo tradição oral da família nasceu no Uruguai e veio na infância para São Gabriel, onde casou em primeira núpcia com Maria Cândida Vaz, com quem teve a filha Morena.

Do segundo casamento realizado em 31 de agosto de 1898, com a concunhada e viúva Honorina Miranda, tiveram cinco filhos: Rosa, Lola, Zilda, Alfredo e Anselmo. A família morava no distrito de Campo Seco, e após a morte de Anselmo, rumaram para o Passo do Ivo. Seriam os antecedentes dos familiares do saudoso Eroci Vaz e filhos Lúcio, Mariúza e Anselmo, que residem em Brasília.

João Carlos Franzen era oficial do Exército Brasileiro, e em abril de 1934 recebeu a Medalha Militar de Bronze, por ter mais de 10 anos de bons serviços prestados à Pátria. Era sobrinho do coronel José Plácido de Castro e irmão de Alberto Sabóia, o “seu Sabóia”, pessoa muito conhecida em São Gabriel.

Além do futebol, João Carlos Franzen teve atuação admirável em outras atividades na sociedade gabrielense, tendo sido venerável da Loja Maçônica Rocha Negra Nº 1. Faleceu no Rio de Janeiro, como brigadeiro aposentado da Aeronáutica.

Foi um dos nomes mais importantes da história do futebol de São Gabriel. Ajudou a fundar o S.C. 247, em abril de 1920, e foi seu primeiro presidente. Teve destacada atuação na vida do clube, inclusive sendo o principal incentivador para a construção de um estádio, na antiga Praça Marechal Floriano (Caridade).

No dia 13 de fevereiro de 1999, a cidade foi surpreendida pelo falecimento do coronel Pedro Marins Martino, de 66 anos, que era o presidente da S.E.R. São Gabriel. Era casado com a senhora Eladyr Laureano Martino, de cuja união nasceram três filhos, Marta Marlise Martino Oliveira, Luiz Felipe Laureano e Júlio César Laureano Martino.

Pedro Martino nasceu em Bagé, no dia 15 de fevereiro de 1936. Era filho de Pompeu Lopes Martino e Justina Marins Martino. Começou os estudos no Colégio Auxiliadora, de sua cidade natal. Completou o ensino médio em escolas preparatórias de Fortaleza (CE) e Porto Alegre.

Depois cursou a Academia Militar de Agulhas Negras, em Resende (RJ). Em 20 de dezembro de 1956, formou-se aspirante oficial, com a designação para servir no 9º RC, em São Gabriel, onde apresentou-se em 1957.  Depois, como coronel, serviu em várias guarnições militares, tanto no Rio Grande do Sul, como no Rio de Janeiro e Brasília. Desempenhou, ainda, diversas outras funções de relevância no Exército.

Após rápida e grave enfermidade, o doutor Alfredo Vicente Ribeiro Astarita, coronel médico da Reserva do Exército faleceu no dia 25 de junho de 1974, na Santa Casa de São Gabriel, aos 58 anos de idade.

Deixou a esposa Zaíra Astarita, a mãe Maria Ribeiro Astarita e grande número de familiares. Seu corpo foi levado à sepultura no cemitério local, com grande acompanhamento. Na condição de oficial do Exército, o doutor Astarita chegou a São Gabriel no ano de 1946
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O extinto foi um dos membros mais destacados da história da cidade, tendo sido presidente da Câmara Municipal, e por muitos anos diretor-médico do hospital Militar da Guarnição local.

Foi presidente do Lions Clube, Brasil Tênis Clube, Clube Comercial e E.C. Cruzeiro, além de membro da Diretoria do Clube Caixeiral e conselheiro da Cooperativa de Crédito de São Gabriel, entre outros cargos em entidades sociais e esportivas da cidade.

Tenente Osório Santana Figueiredo. De origem humilde. Foi peão de estância, agricultor e carreteiro. Ingressou no Exército Brasileiro, em 1946. No convívio da caserna desenvolveu seus estudos de história, sociologia e filosofia. Autodidata.

No ano de 1970 passou para a reserva remunerada do Exército. Era casado com Juracy Lopes Figueiredo, já falecida e pai de três filhos: Maria de Lourdes, Marilene e Beraldo. Possui três netos e uma bisneta.

Foi um dos fundadores do Centro de Tradições Gaúchas Caiboaté e do Piquete de Tradições Gaúchas Batovi. Ajudou a levantar os monumentos da Batalha de Caiboaté, na coxilha do mesmo nome, e do Combate do Cerro do Ouro.

Também esteve presente na fundação da Associação Cultural Alcides Maya (ACAM), da qual foi presidente. Juntamente com alguns companheiros de farda, fundaram a Associação dos Militares da Reserva Remunerada, Reformados e Pensionistas das Forças Armadas (Asmir) da qual é o sócio mais antigo.

Dirigiu por nove anos os Museus João Pedro Nunes e Museu Gaúcho da FEB. É membro efetivo e correspondente, de várias entidades culturais do Estado, do país e do estrangeiro. Recebeu várias condecorações militares, como Honra ao Mérito, Grau Cavaleiro e Honra ao Mérito, Grau Oficial, Medalha do Pacificador e outras, além de medalhas e diplomas de Instituições civis e militares.

Em 19 de março do ano passado, morreu em São Gabriel o coronel da reserva do Exército, Layr Contino Nuñez, aos 89 anos, depois de agravamento de problemas de saúde. Era natural de Porto Alegre, onde nasceu a 25 de fevereiro de 1926.

Ingressou na carreira militar ainda jovem, como oficial de Cavalaria, entrando para a reserva como coronel. Veio pela primeira vez a São Gabriel como aspirante a oficial em 1947, tendo servido no 9º Regimento de Cavalaria, hoje 9º RCB e no extinto 3º Regimento de Cavalaria Mecanizada, onde hoje se localiza o 6º BE Cmb.

Em 1961 veio morar em definitivo em São Gabriel, onde tornou-se um próspero agropecuarista, e constituiu família, casando com senhora Flávia Pereira Nuñez, já falecida, tendo como filho único o médico Jorge Pereira Nuñez, casado com a advogada Ana Elizabeth Marques Nuñez, e avô de Taiana, Tauê e Rami e a bisneta Yasmin. Era cônsul honorário do Grêmio Portoalegrense em São Gabriel.

O professor Ilo Nunes de Oliveira foi um dos mais competentes treinadores que o futebol de São Gabriel conheceu em todos os tempos.

Era tenente da reserva remunerada do Exército, foi professor de Educação Física, desportista, árbitro, criador dos Jogos Inter-Colegiais da Primavera (Jincop), técnico do E.C. Cruzeiro, G.E. Gabrielense, E.C. Municipal, Associação São Gabriel de Futebol, S.E.R. São Gabriel, comentarista esportivo da Rádio São Gabriel e articulista do jornal “Folha Gabrielense”, onde escrevia a coluna “Bola Rolando”.

Entre os vários títulos que conquistou em sua brilhante carreira como treinador, destacam-se os de campeão gabrielense de profissionais em 1966 pelo G.E. Gabrielense e de campeão da Zona 6, da Primeira Divisão de Profissionais, em 1965, pelo E.C. Cruzeiro.

O professor Ilo nasceu em São Gabriel no dia 8 de outubro de 1923 e faleceu no dia 6 de junho de 1986, aos 64 anos de idade. Era casado com dona Nair Terezinha Trindade de Oliveira e deixou os filhos Maria Valderez, Nilo, Juarez, Helenice e Gilberto, além de vários netos.

Está exposto no Museu Nossa Senhora do Rosário Bonfim, antiga Igreja do Galo, em São Gabriel, um clarim histórico, feito em bronze e cobre, que teria sido usado em 20 de setembro de 1835, na tomada de Porto Alegre, a primeira vitória dos "Farroupilhas", na Guerra que durou 10 anos.

O clarim que se encontra em São Gabriel é considerado uma autêntica relíquia da "Revolução Farroupilha". Os registros do museu atestam que ele foi doado em 1932 pelo ex-governador de Santa Catarina, Ptolomeu de Assis Brasil, que era filho de São Gabriel.

Segundo se sabe, ele devolveu o instrumento ao Rio Grande do Sul, pois teria sido levado para o Estado vizinho durante as ações militares que desencadearam a proclamação da "República Juliana", em 1839.

A 4ª Companhia de Metralhadoras foi uma unidade militar que esteve aquartelada em São Gabriel, no principio do século passado, tendo sido fundada em 1909. O seu efetivo era de pouco mais de 100 homens.

Tinha o quartel localizado onde hoje se encontra a “Invernada Nacional”. Do prédio, de arquitetura lindíssima para a época, só restam os alicerces. Teve atuação importante na "Guerra do Contestado". Ela foi extinta ao término da guerra.

O Pólo gabrielense teve ressonância nacional e até internacional nos anos de 1935 e 1936, tanto na modalidade "Civil", quanto "militar". Formado por militares da Guarnição local, se sagrou vice-campeão brasileiro desse esporte, no ano de 1935.

Já a equipe civil "Barão de Candiota", constituída habitualmente por Ricor Silveira (capitão), José de Deus Lopes, Gaspar Antunes de Oliveira e Pery Silveira, tendo como suplentes Adil Chagas e coronel Ismael Ribeiro, entre outros títulos expressivos foi campeã do "Centenário Farroupilha" e do Estado, em 1935.

O maior feito, porém, da equipe civil de pólo "Barão de Candiota", foi a conquista, em 1936, do título de campeão civil de polo do Brasil, obtido no Rio de Janeiro, em memoráveis pelejas. Esse é até hoje o momento mais brilhante do esporte de nossa cidade.

Por seu lado, a equipe militar, denominada "Barão de São Gabriel", constituída por elementos do 9º Regimento de Cavalaria, apresentava-se com: capitão Osvaldo Menna Barreto, capitão Carlos Menna Barreto (capitão da equipe), tenente Mário Goulart e tenente Henrique Borges do Canto Herzer. Reservas: tenente Papias Nunes da Silva e tenente Rui Sampaio.

Revolução de 1923. Mais de 30 Corpos Provisórios foram criados no Estado, por ordem de Borges de Medeiros. Em São Gabriel foi criado o 3º Corpo Auxiliar, comandado pelo tenente-coronel Manoel Bicca (coronel Bicca), que integrava a 5ª Brigada Provisória, ao comando do coronel Claudino Nunes Pereira.

O “Museu João Pedro Nunes” é dono de um dos maiores acervos particulares existentes na América Latina. Se ainda estivesse em atividade, seria um dos mais antigos do Rio Grande do Sul. O Museu foi criado em 1901 por João Pedro Nunes, que nasceu em São Borja a 27 de junho de 1883, na mesma casa que nasceria mais tarde Getúlio Vargas.

Era filho do coronel Genuíno Cezário Nunes e de dona Florisbela Rodrigues Nunes. Com apenas seis anos perdeu o pai. Um ano depois, em 1890, mudou-se com a família para São Gabriel, onde estabeleceu-se com comércio.

João Pedro Nunes faleceu em 1968, ficando o museu aos cuidados de Isabel Nunes Paulo. Posteriormente em 1978, o bisneto assumiu os cuidados para com o acervo. Atualmente parte do acervo do Museu está colocado junto ao prédio do Museu Gaúcho da FEB. O Museu já tem um novo e definitivo local assegurado. Deverá ser transferido para a Igreja de Nossa Senhora do Rosário do Bom Fim, conhecida como "Igreja do Galo"
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A "Capelinha dos Irmãozinhos Fuzilados" está localizada junto à parede externa da face meridional do quartel do 6º Batalhão de Engenharia de Combate, em frente ao campo de futebol. É o mais importante e visitado local de crendice popular no município.

Ali foram executados na década de 1850 os soldados Agostinho José de Meira e Joaquim José dos Santos, por descumprimento ao rígido regulamento militar da época, que entre outras medidas previa a pena de morte.

A cidade conta com três unidades do Exército nacional. O 9º RCB, cuja criação remonta a 25 de fevereiro de 1915 quando foi instituído com a denominação de “2º Corpo de Trem”, e instalado na Fazenda Monte Belo, em Juiz de Fora (MG).

Depois teve sua denominação mudada de “2º Corpo de Trem” para “4º Corpo de Trem” e “14º Regimento de Cavalaria Independente”. Em 1924 veio para São Gabriel, quando passou a denominar-se “9° Regimento de Cavalaria

Independente”. Em 1946, teve novamente a sua denominação mudada, dessa feita para “9° Regimento de Cavalaria”. E, finalmente, em 1968, adquiriu a atual denominação de “9º Regimento de Cavalaria Blindado”.

No ano de 1937, a unidade recebeu a denominação de “Regimento João Propício”, e adotou o Estandarte Histórico, em homenagem aos inestimáveis serviços prestados por João Propício Menna Barreto.

O 6º Batalhão de Engenharia de Combate inicialmente chamou-se “3º Batalhão de Engenharia”, com sede no Rio de Janeiro. Em maio de 1943 seguiu, via ferroviária, para Porto Alegre. Seu primeiro comandante foi o tenente-coronel José Diogo Brochado da Rocha.

Em 1947 sua denominação foi mudada para 6º Batalhão de Engenharia. Em novembro de 1953 recebeu sua atual denominação de 6º Batalhão de Engenharia de Combate (6.º BE Cmb). Em 1968 foi transferido para São Gabriel, ocupando o histórico aquartelamento do extinto 3º Regimento de Cavalaria Motorizado, o mais antigo quartel do Rio Grande do Sul, construído em 1846, por onde passaram infantes, artilheiros e cavalarianos, heróis da história de nosso Exército.

Diversas praças da Unidade foram designadas para a FEB. Salienta-se entre elas, o sargento Manoel Milintino da Silva, primeiro elemento do Batalhão transferido para o 9º BE Cmb, unidade esta incorporada à FEB, e o soldado Arthur Lorenço Stark, que tombou nos campos da Itália.

O quartel foi sede do 1º Regimento de Artilharia a Cavalo, o “Boi-de-Botas”, o 6º Batalhão de Infantaria, o 3º Regimento de Cavalaria Motorizado, o 6º Batalhão de Engenharia de Combate e outros.

Nele serviram vultos marcantes da história, alguns veteranos das campanhas platinas e da Guerra do Paraguai. Citam-se os seguintes:

Marechais: Emílio Luiz Mallet, Barão de Itapevi, comandou o Boi-de-Botas, e é o Patrono da Arma de Artilharia; Manoel de Almeida Gama Lobo Coelho D’Eça, Barão do Batovi, governou o Estado de Mato Grosso; Severiano Martins da Fonseca, Barão de Alagoas, foi Conselheiro de Guerra; Alexandre Gomes de Argolo Ferrão, Visconde de Itaparica, foi Membro do Conselho Supremo Militar; Manoel Deodoro da Fonseca, proclamou a República do Brasil e foi seu primeiro Presidente; Hermes Ernesto da Fonseca, pai do Marechal Hermes Rodrigues da Fonseca, governou o Estado da Bahia; Hermes Rodrigues da Fonseca, nasceu em São Gabriel, foi Ministro da Guerra e Presidente da República; José Simeão de Oliveira, governou o Estado de Pernambuco e foi Senador da República; João Baptista Mascarenhas de Moraes, gabrielense, comandou a Força Expedicionária Brasileira; Fernando Setembrino de Carvalho, foi interventor no Estado do Ceará e Ministro da Guerra; João Nepomuceno de Medeiros Mallet, gabrielense da terra dos Marechais, foi Ministro da Guerra; João Thomaz de Cantuária, foi Ministro da Guerra; João Vicente Leite de Castro, foi biógrafo e historiador militar; Joaquim José Gonçalves Fontes, comandou o 1º Regimento de Artilharia a Cavalo, o “Boi-de-Botas”; Henrique Guatimosin Ferreira da Silva, foi acidentado na Área de Instrução da invernada; Manoel de Azambuja Brilhante, comandou o 3º Regimento de Cavalaria Motorizado e o Iº Exército e Fábio Patrício de Azambuja, nasceu em São Gabriel, a terra dos Marechais, e outros.

Generais: Antônio de Sampaio, comandou o 6º Batalhão de Infantaria, é o Patrono da Arma de Infantaria; Bertholdo Klinger, criou o “QTS” nesse quartel, foi chefe da Revolução Constitucionalista de 1932; João Severiano da Fonseca, chefiou o Corpo de Saúde do Exército, é o Patrono do Serviço de Saúde; João Borges Fortes, foi engenheiro e historiador militar; Belo Augusto Brandão, sogro do Marechal João Baptista Mascarenhas de Moraes; José Fragomeni, foi Ministro do Superior Tribunal Militar; Osvino Ferreira Alves, comandou o IIIº Exército, hoje Comando Militar do Sul; Geraldo da Camino, comandou um Grupo de Artilharia da Força Expedicionária Brasileira, na Itália; Nélson Etchegoien, foi chefe revolucionário de 1926; Alcides Etchegoien, foi chefe revolucionário de 1926; Jorge Diniz Santiago, comandou a 3ª Região Militar, composta pelos Estados da Região Sul; Osmar de Almeida Brandão, comandou o 6ª Grupo de Artilharia a Cavalo, aquartelado nessa praça forte; Oswaldo Menna Barreto; Maurílio Menna Barreto Benavides, comandou o 3º Regimento de Cavalaria Motorizado; Gastão Álvaro Pereira dos Santos, comandou o 3º Regimento de Cavalaria Motorizado; Cândido Vargas de Freire, comandou o 6º BE Cmb, em 1995 foi mediador de paz entre Equador e Peru; Hamilton de Oliveira Ramos, comandou o 6º BE Cmb e a 1ª Região Militar, no Rio de Janeiro e Carlos Alberto da Cas, comandou o 6º BE Cmb e a 3ª Brigada de Infantaria Motorizada.

Coronéis: José Plácido de Castro, foi chefe da revolução que anexou o Estado do Acre ao território brasileiro; Antônio Fernandes Barbosa, por bravura no Paraguai comandou o 1º Regimento de Artilharia a Cavalo; Filinto Gomes de Araújo, no comando, ensinou idiomas e reorganizou o 1º Regimento de Artilharia a Cavalo; Francisco José de Carvalho, no comando, soldados foram fuzilados originando a Capela dos Irmãozinhos; Jonathas da Costa Rego Monteiro, foi engenheiro e historiador militar; Vicente Mário de Castro, foi chefe revolucionário de 1930; Emygdio da Costa Miranda, participou do Estado-Maior da Coluna Prestes e Pedro Félix de Medeiros Mallet, e outros.

Major: Jonathas Abbott Filho, foi médico do 1º Regimento de Artilharia a Cavalo na guerra no Uruguai e Paraguai e o sargento Guilherme Won Stenbem, foi herói da Batalha de Tuiuti, lançando fora uma granada que caiu em sua Bateria
13ª Companhia de Comunicações. Na década de 1850, o império reformulou suas forças militares, surgindo, então, entre outros, o Corpo de Engenheiros.

Desse modo, em 23 de janeiro de 1855 foi criado um Batalhão de Engenheiros, posteriormente chamado de 1º Batalhão de Engenharia, que teve destacada participação na Guerra do Paraguai, particularmente nos combates da “Ilha da Redenção”, “Passo da Pátria”, “Tuiuti”, “Punta Naró”, “Humaitá”, “Piquiciri”, “Peribebuí”, “Campo Grande” e “Cerro Corá”, bem como na construção da estrada do “Chaco”.

Em 1935 foi reorganizada a Arma de Engenharia. Assim, o 1º Batalhão de Engenharia se transformou no 1º Batalhão de Transmissões, com sede na Vila Militar, Rio de Janeiro, o qual recebeu a denominação de “Batalhão Vilagram Cabrita”, em 1938.

Com a eclosão da 2ª Guerra Mundial, uma das subunidades do 1º Batalhão de Transmissões, a 2ª Companhia de Transmissões, foi destacada para fazer parte, em Natal (RN), da 7ª DI, responsável pela segurança do setor norte do Nordeste brasileiro.

Esta subunidade deu origem à 14ª Companhia Independente de Transmissões, origem da atual 13ª Companhia de Comunicações. Terminada a 2ª Guerra Mundial, foi determinada que a 14ª Companhia Independente de Transmissões se deslocasse para São Gabriel, e se instalasse na “Praça Forte de Caxias”, para constituir o 3º Batalhão Motorizado de Transmissões.

Contudo, no ano de 1946 o Exército Brasileiro foi reestruturado, e deixaram de existir os Corpos de Cavalaria, passando as Divisões de Cavalaria a contar com as Companhias de Transmissões como órgão de comando. Em 1953, acompanhando o surgimento da nova arma, a Unidade passou a se chamar 13ª Companhia de Comunicações.

Os Corpos Provisórios foram tropas convocadas durante as revoluções de 1893 e 1923 para apoiar a Brigada Militar. Os convocados recebiam treinamento e eram comandados pelos oficiais da Brigada Militar. Eram homens de muita coragem.

Na maioria eram formados por pessoal sem nenhum preparo intelectual, analfabetos e usavam o mesmo fardamento da Brigada, com as patentes dos oficiais indicadas no ombro.

O dobrado militar, “Saudade de minha terra”, que até hoje é tocado por bandas militares, foi composto pelo maestro primeiro-sargento Luiz Evaristo Bastos, do 4º Batalhão de Infantaria, que estava instalado no quartel do antigo Forte de Caxias.

Luiz Evaristo Bastos era gabrielense, filho de Leopoldo Bastos, casado com Maria Angélica Valle Bastos, de tradicional família local. Longe dos pagos, esse notável músico e compositor, judiado pelas saudades do seu rincão, havia composto o lindo dobrado que tanta popularidade ganhou nas décadas seguintes.

O coronel Gabriel Menna Barreto, que descobriu a origem de Evaristo, escreveu: “A querência homenageada era, pois, a nossa querida São Gabriel. E o autor do dobrado, um gabrielense nato”.

Escreveu João Pedro Nunes que o sargento Bastos foi um dos contemplados pela chamada “Panelada de Alferes do Presidente Floriano Peixoto”, que de uma só vez promoveu mais de mil sargentos ao posto de tenente, a fim de conquistar a simpatia, tendo em vista que sua maioria demonstrava uma clara tendência em favor do lado revolucionário.

Muitos outros militares que serviram em São Gabriel ou que aqui fizeram morada, mereciam ter seus nomes inseridos neste trabalho. Mas seria preciso escrever um livro, para que isso fosse possível. Mas de qualquer maneira eles vivem na memória de parentes, amigos e na história de nossas unidades militares. (Pesquisa: Nilo Dias)


6º BE Com em desfile na Semana da Pátria de 2010.

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