segunda-feira, 11 de julho de 2016

Praxedes: o iluminado

Praxedes da Silva Santos, um dos maiores nomes da Maçonaria gaúcha e brasileira, morou muitos anos em São Gabriel, onde prestou relevantes serviços à Loja Maçônica Rocha Negra Nº 1. Mas era filho de Alegrete, onde nasceu no dia 21 de julho de 1907, no 2º subdistrito de Itapororó, numa modesta casa de um fundo de campo, cercada por pés de laranjeiras.

Tudo o que será contado nesta matéria, inclusive às fotografias, foi retirado da magnífica obra do gabrielense Marco Medina, “Praxedes, o Cavaleiro do Tempo”, que recebi de presente do grande amigo Dilmar Valls Machado, quando de uma de minhas visitas a São Gabriel.

Somente há poucos dias fiquei sabendo que o amigo Dilmar nos deixou. Lamento profundamente sua partida, pois se tratava de uma pessoa que eu queria muito bem.

Lembro bem de seus tempos de Farmácia São Gabriel, quando eu costumeiramente ia visitá-lo para longos e agradáveis bate-papos, especialmente sobre futebol. Ele era torcedor do Internacional, também meu time de coração, sendo o primeiro cônsul do clube na cidade.

Integrava várias entidades assistenciais e sociais, como a Maçonaria e a Ordem Rosacruz (AMORC)

Dilmar morreu no dia 1 de janeiro deste ano. O seu velório aconteceu na Loja Maçônica Rocha Negra nº 1 e o sepultamento no Cemitério local.

Praxedes era filho de Cipriano Batista dos Santos e Francisca Silva. O sétimo filho, nascido em julho o sétimo mês, na sétima hora e em 1907. O pai do menino ficou convencido que tudo aquilo teria de ter um significado.

E mais tarde, casou no dia 7 de abril e foi iniciado na Loja Maçônica Rocha Negra Número 1 num dia 27.

Tinha oito irmãos, Rufino, Amador, Belmira, Amália, Antônia, Pelmina, Inocêncio e Arquilau.

O nome foi uma homenagem ao santo do dia, como era costume antigamente. Por coincidência, Praxedes vem do grego “Práxis” e quer dizer trabalho, ativo, laborioso, prático.

Quem atendeu seu parto foi a parteira de nome Noêmia. E ela contou uma história realmente estranha. Depois do trabalho de parto, quando se dirigia para casa, viu passar ao lado dela sete pequenas esferas luminosas.

Assustada, só conseguiu dizer “Deus Pai” e fazer o sinal da Cruz. Depois ajoelhou-se e rezou: “Que Deus Pai, Todo Poderoso, proteja o guri. Deus ajude que aquelas sete bolinhas luminosas, sejam sete anjos do senhor”.

Além de Noêmia, um gaúchão conhecido por João Tropeiro testemunhou o estranho acontecimento. E dias depois encontrou a parteira no bolicho do seu Candinho. E ante a indagação do homem, ela negou ter visto quaisquer luzes sobre a casa de dona Francisca. E disse que João Tropeiro estava bebendo demais e tendo visões, dando o caso por encerrado.

Muitos anos depois, João Tropeiro, com 80 anos de idade, encontrava-se no leito de morte em Itapororó. Mas de repente melhorou, tendo se levantado, tomado água e até se alimentado, coisa que não fazia há meses.

Ao retornar a cama deu um enorme sorriso e disse: “as esferas que vi quando do nascimento do guri Praxedes, estão aqui no quarto, iluminando tudo. Vieram me buscar”. E realmente o quarto estava todo iluminado. E assim João Tropeiro morreu.

Dona Francisca, a mãe de Praxedes, era argentina de nascimento. E todas as noites, antes de ir dormir, passava pelo quarto do pequenino para ver se ele estava bem tapado na diminuta cama. E passando suavemente a mão sobre seus cabelos dizia baixinho:” Mi hijito querido”.

Com apenas cinco anos Praxedes já tinha aprendido uma boa parte do catecismo campeiro. Seguia o pai em todas as suas lidas, montado num petiço puxador de pipas d’água. E com o pai aprendeu muita coisa, ouvindo os bons conselhos que ajudaram a formar sua personalidade.

Aos 9 anos de idade, Praxedes foi vítima de um sequestro. Um fazendeiro, contando com a ajuda de um empregado o levou para sua propriedade rural, onde ficou por cerca de um ano. Nada recebeu de pagamento.

A família contratou advogados que conseguiram intimidar o malfeitor, que logo tratou de se ver livre de Praxedes, cedendo-lhe cavalo e roupas para que fosse embora. Isso acabou servindo para dar um amadurecimento maior ao menino.

Desde pequeno dedicou-se ao trabalho, tendo sido campeiro, comerciante, alfaiate, vendedor e viajante. Perdeu o pai muito cedo e teve de enfrentar as asperezas da vida.

Com apenas 12 anos de idade mudou-se para Alegrete. Alugou uma casa na rua São Manoel, próximo a uma padaria, embora o irmão mais velho fosse dono do Hotel Alegretense. A propriedade em Itapororó ficou aos cuidados do mano Amador.

As irmãs Belmira, Amália e o irmão Antônio casaram muito jovens. Pelmina ficou solteira e morreu com idade avançada. Belmira, que morava em Cacequi, morreu com 106 anos em 2005.

E lá em Alegrete, as sete bolinhas luminosas vistas no dia do seu nascimento, voltaram a aparecer, fato que foi testemunhado por um mendigo, morador de rua. Passado algum tempo, é que Praxedes soube que aquelas visões eram sinais evidentes de mediunidade.

Ainda em Alegrete, Praxedes e alguns amigos resolveram montar um circo, que se constituiu em grande sucesso. Como não era portador de nenhum dote artístico, foi encarregado de cuidar da portaria e bilheteria.

Lá em Alegrete Praxedes ganhou seu primeiro emprego. Foi no armazém do seu Vitor Pierry. O movimento era tímido, o que deu tempo ao “guri” de “fabricar” pandorgas e bonecos trapezistas de madeira. E também carimbos feitos de borracha. Tudo isso ele comercializava, o que rendia ganho extra.

Seu salário no armazém era de 8 mil réis, dinheiro que mandava integralmente para sua mãe, para ajudar no sustento da casa. Ela lhe devolvia pequenas quantias, que geralmente eram gastas em idas ao cinema.

Depois foi trabalhar na Alfaiataria La Gamba, onde logo aprendeu os segredos da arte. E suas habilidades logo se espalharam, tanto que os concorrentes da Alfaiataria Central, a maior de Alegrete, logo trataram de contratá-lo oferecendo-lhe um salário apreciável.

A noite frequentava a Escola Metodista e depois ia para o Hotel de seu irmão, para onde se mudara.

Aos 17 anos foi morar em Porto Alegre, onde logo de chegada conseguiu trabalho na Alfaiataria Soares, Irmãos e Companhia, sendo depois promovido a alfaiate-viajante.

Um moço vindo do interior encontrou pela frente uma cidade grande, coisa que não havia visto antes. Encantou-se com os bondes que cruzavam a metrópole de um lado a outro.

Ficou perplexo ao ver tanta gente nas ruas. E o que dizer dos cinemas que havia na capital? Na sua pequena Alegrete eram apenas um ou dois. E as confeitarias, cafés e livrarias que existiam em profusão? Tudo parecia um sonho.

Acomodou-se na “Pensão Alegretense”, cujos proprietários eram de Alegrete. Um lugar simples, onde era servida comida caseira. E para completar o quadro de otimismo, na primeira alfaiataria que chegou, garantiu emprego.

Era a Alfaiataria Soares Irmãos e Companhia, que se localizava na Rua dos Andradas, 925. Em pouco tempo foi encaminhado para a “Academia de Corte Francês”, de Porto Alegre, onde concluído o curso, além de maior qualificação profissional, ganhou de presente uma tesoura, “troféu” que guardou até seus últimos dias.

Não demorou para se tornar o melhor alfaiate da empresa. Nas merecidas férias ia sempre a Alegrete visitar os parentes e recordar os bons tempos de criança, vividos no seu querido Itapororó.

Quando da Revolução de 30, a alfaiataria onde Praxedes trabalhava era também especializada em roupas militares. Certa ocasião ele foi encarregado de fazer uma entrega para o Batalhão do Corpo Provisório, que contava com cerca de 400 homens.

Levava cerca de 20 quilos de dinamite, embalados em papel da alfaiataria para explodir o local, a mando de uma resistência recém organizada. Mas tudo deu errado. Praxedes, enredou-se em uns fios e caiu, com as bananas de dinamite rolando pelo chão.

Sua sorte foi que usava uma roupa cinza, típica dos alfaiates da época, que era da mesma cor que o uniforme dos militares. E na confusão formada conseguiu ir embora, com uns arranhões provocados pela queda, mas nada que preocupasse.

Passada a Revolução, a empresa estava em plena ascensão, vendendo para unidades militares de todo o Estado. Praxedes foi escolhido para viajante, encarregado de visitar esses clientes.

Viajava de trem, de carro e de ônibus. Embora gostasse do trabalho, esse era pesado, cansativo e o levava a pensar na possibilidade de voltar a morar no interior.

Em 1935, juntando o dinheiro do ótimo salário que recebia, mais as comissões das vendas realizadas por todo o Rio Grande do Sul, decidiu morar em São Gabriel, para onde sua mãe, que estava muito doente se mudara. Então, ele arrendou uma chácara próxima ao Quartel do 6º BE Cmb.

O local lembrava muito a calmaria de Itapororó. Dona Francisca podia criar galinhas, porcos e cuidar da horta. Havia laranjeiras de umbigo tão doces, que até os parentes vinham de longe para saboreá-las.

Praxedes conseguiu emprego como alfaiate na unidade militar onde hoje se encontra o 9º Regimento de Cavalaria Blindada, onde ficou por longos anos. Depois partiu para montar sua alfaiataria própria, que ficava na Rua João Manoel, 355, próxima ao Calçadão de São Gabriel.

Com boa estabilidade financeira, sem precisar viajar, pode gozar de bastante tranquilidade, o que lhe permitiu até frequentar a Igreja Episcopal, na época conhecida por Igreja da Redenção, na esquina das ruas Coronel Soares e General Mallet.

Quando sua mãe deixou esta vida terrena, Praxedes estava preparado. Ele e a mãe conversaram muito sobre esse momento, e como os dois eram bastante espiritualizados, sabiam que a morte era um evento obrigatório da vida terrena, coisa normal para os verdadeiros espiritas.

Em 1940, quando de um culto, uma moça de nome Orfila Rodrigues de Oliveira, conhecida por “Mosinha”, lhe chamou a atenção. Ela fazia parte do Coral da Igreja. Namoraram e quatro anos depois, no dia 7 de fevereiro de 1944 casaram no mesmo templo onde se conheceram.

Foi um amor a primeira vista. Em 1969 o casal retornou a Igreja da Redenção, para a solenidade de “Confirmação do Matrimônio”. Aproveitaram bem a vida.

Frequentavam bailes sociais e de Carnaval, iam ao cinema, na época o Harmonia e viajavam bastante. Ora para Porto Alegre, ora para a Praia do Cassino. Adoravam passeios de barcos alugados pelo rio Vacacaí.

O casal gostava de ajudar os mais necessitados. Quem batesse a porta de sua casa, nunca saia de mãos vazias. Certa vez, quando de uma temporada no Centro de Águas Termais, em Irai, Praxedes constatou que os índios que habitavam a região, passavam por dificuldades de toda a ordem.

E o que fez? Liderou um movimento filantrópico entre os hóspedes do Hotel Internacional, onde estavam hospedadas cerca de 100 pessoas. Mas não obteve êxito, pois existia a crença generalizada de que os índios eram malandros, não gostavam de trabalhar e eram alcoólatras.

O casamento durou 36 anos, até o dia que Orfila faleceu, 4 de julho de 1980. Praxedes, graças a sua mediunidade, soube que sua mulher morreria antes dele. E contou isso a ela, o que de fato se concretizou.

Praxedes, que se aposentara em 1969, depois de 47 anos de trabalho, dividia seu tempo em frequentar a Igreja Episcopal, o Centro Espirita Obreiros da Caridade e a cuidar de seus animais, um cão e um gato e também de plantas.

Desde pequeno dava sinais evidentes de mediunidade. Costumava conversar com visitantes invisíveis, fato comprovado por familiares. Em tenra idade seu espirito se afastava do corpo, para longas campereadas pelas coxilhas de Itapororó, sem que depois nada lembrasse do acontecido.

Quando visitava Porto Alegre, Praxedes frequentava o Centro Espírita André Luiz. E foi lá que curou uma enfermidade nos olhos, depois de perder as esperanças na medicina dos homens. Submetido a três cirurgias espiritas, recuperou a totalidade da visão.

Em 27 de dezembro de 1955 ingressou como aprendiz maçom na Loja Maçônica Rocha Negra Nº 1, levado pelas mãos de Luiz Loureiro da Silva, o seu “Lulu”.

Praxedes contou ao seu entrevistador e autor do livro que mostra detalhes da sua vida, que na noite em que recebeu o convite de seu “Lulu”, ouviu em seu quarto a voz de seu irmão Rufino, soprando ao seu ouvido: “Te junta com os maçons, te junta a eles”.

E não se arrependeu. Disse que encontrou lá dentro uma nova família, onde é praticada a caridade. Confessou que antes de ingressar na Maçonaria, sua vida não tinha um objetivo definido. E lá encontrou um mundo diferente, desprendido dos falsos valores materiais e das aparências.

Mesmo como membro da Maçonaria, Praxedes continuou fiel a Igreja Episcopal. Tanto é verdade, que em 1968 atendeu uma solicitação do pároco João Assis Reis, para que fosse ser diretor da “Cidade dos Meninos”, instituição que cuidava de menores carentes, em Santana do Livramento.

Para sua surpresa encontrou um lugar que necessitava de grandes cuidados. Prédio sujo, grama alta, vidros quebrados, meninos quase maltrapilhos, com roupas rasgadas e alguns rebeldes ao extremo.

Reconhecido o líder do grupo, Praxedes e dona Orfila, encontraram uma forma delicada de acabar com sua rebeldia. O convidaram para jantar, e o garoto aceitou. Foi recebido como nunca antes na vida. Dona Orfila deu-lhe um beijo de boas vidas e Praxedes o abraçou.

O menino contou parte de sua vida. Que viera de família miserável, que não conhecera o pai. Viveu nas ruas até ser recolhido a “Cidade dos Meninos”.

E Praxedes, com inteligência, disse-lhe que pretendia fazer grandes melhorias na casa, providenciar banho quente para todos, roupa limpa, calçados para aquecê-los no inverno e também, que aprendessem uma profissão.

O menino concordou em ajudar e cumpriu sua promessa. Com os ânimos acalmados, Praxedes pode levar a cabo sua missão. Conseguiu ajuda da “Loja Maçônica Caridade Santanense Número 2”. E meses depois a “Cidade dos Meninos” era um bom exemplo.

E introduziu no local uma Escola de Alfaiates. E deu certo, tanto que em pouco tempo a instituição fabricava uniformes para a Prefeitura Municipal, garantindo uma renda extra.

E Praxedes sempre querendo aprender mais, fez um curso de Enfermagem num hospital local, para poder atender a saúde dos meninos, agora trabalhadores e estudiosos.

Em 1973, depois de terem ficado quatro longos anos fora, Praxedes e dona Orfila voltaram para São Gabriel, com a certeza do dever cumprido.

O reconhecimento ao trabalho de Praxedes foi feito pelo jornal “A Platéia”, de Livramento, em sua edição de 22 de setembro de 1968, em que destacou:

“Durante o tempo em que aqui esteve o casal participou da recuperação de vários menores delinquentes. E o ingrediente principal usado nessa recuperação, sem dúvida, foi o amor que Praxedes e a esposa, dona Orfila, nutriam pelos meninos”.

De volta a São Gabriel e a Loja Maçônica Rocha Negra Número 1, Praxedes foi designado “Chanceler”, aquele que timbra e sela os documentos maçônicos, faz controle dos livros de frequência de irmãos e visitantes, lembra datas de aniversários, etc. Exerceu o cargo até a sua morte.

Em 2002, quando das comemorações dos 95 anos do velho maçom, o poeta gabrielense José Gaspar Machado da Silva fez uma homenagem a Praxedes, com uma poesia bastante extensa, que diz em um de seus versos:

Praxedes da Silva Santos/Me vende um pouco de amor/Que quero dar por valor/De ouro ou libra esterlina/Para gritar nas esquinas/Como quem chama um sinuelo/em referência e modelo/Toda a estância se ilumina.

Alguns ex-veneráveis da Rocha Negra exaltaram a pessoa de Praxedes:

Adair Macedo Rodrigues: “Como ser humano uma figura fantástica. Como maçom um exemplo. Um irmão de um trabalho incansável, exemplar, no qual nós todos sempre nos espelhamos”.

Arthur Francisco de Souza Caldas: “O irmão Praxedes foi um baluarte dentro da Loja e almejamos que os novos irmãos possam mirar-se neste espelho”.

Dalton Rodrigues Bicca: “O que eu gostaria de dizer sobre o irmão Praxedes é que todos os veneráveis mestres que o tiveram como Chanceler foram privilegiados”.

Dilmar Valls Machado: “O irmão Praxedes, quando entrei, quando tive a honra de ser iniciado na Rocha Negra, já começou, maçônicamente, a ser um espelho na minha conduta dentro da Ordem”.

Ilo Batista da Silva: “O Praxedes, pra nós maçons, foi um símbolo. Para nós que convivemos com ele, sempre o enxergamos como um homem de bem, do bem e para o bem”.

Francisco Suchy: ”O irmão Praxedes foi um exemplo de vida”.

Itamar Fernando da Cruz Jobim: “Um homem inatacável e correto, que cumpriu fielmente os seus deveres com elegância total”.

João Francisco Coelho dos Santos: “Assim, correndo o risco de não saber melhor homenagear este Irmão, defino-o apenas como símbolo exemplar do que tem de ser um homem Maçom”.

João Vagner Albert Nunes: “Há duas maneiras de conhecermos uma pessoa: do que a gente ouve falar e aquilo que a gente testemunha. E essas duas coisas se encontram positivamente. O Praxedes, como todo Maçom, não é uma pessoa que fala de si. Tem as virtudes maçônicas e as experiências que ele acumulou ao longo da vida”.

José Fernandes Chagas de Moura: “Falar sobre o irmão Praxedes é fácil. Difícil é sintetizar em poucas palavras toda a vida desse homem que considero iluminado”.

José Gaspar Machado da Silva: “Do Praxedes eu posso falar muita coisa, pois sempre me aproximei dele para conversas interessantes e, sobretudo, receber lições de vida”.

Júlio Adolfo Pires Garcia: “Um dos irmãos mais queridos que a Rocha Negra teve foi o irmão Praxedes. Foi um grande benemérito, pois sendo alfaiate, fazia roupas também para as pessoas que não tinham dinheiro”.

Layr Contino Nuñez: O Praxedes sempre foi um exemplo de dignidade, de respeito, de cumprimento das suas obrigações e dos seus deveres para com a família e para a Maçonaria. Foi um exemplo para todos nós”.

Luiz Deodoro Barcellos: “Falar do irmão Praxedes é a coisa mais linda que a gente pode expressar. Foi uma pessoa iluminada e protegida pelas forças astrais do grande Universo. E nos deu, sempre, aulas de sabedoria e de ensinamentos”.

Nelson Sebastião da Silva Lopes: “O que posso dizer sobre o irmão Praxedes, sem medo de errar, é que ele fez parte de um grupo seleto de pessoas que encarnam na terra com a missão de servir ao seu semelhante”.

Romeu Maciel de Oliveira: “Abnegação, cordialidade, disciplina e desejo de bem servir, são qualidades primordiais para o exercício de qualquer tarefa, seja em qual instituição for. O irmão Praxedes reuniu estas e outras qualidades, tinha o perfil do homem extraordinário que sabia ouvir, falar o essencial e guardar uma fé inquebrantável em seu coração”.

Ubirajara da Silva Duro: “Praxedes da Silva Santos foi um símbolo dentro da Maçonaria. Como cultuamos os nossos símbolos, ele jamais será esquecido”.

Rosalvo Wayhs: “Cumpridor de suas obrigações, pontual na sua disciplina de horários, ocupou por muitos anos o cargo de irmão Chanceler da Rocha Negra Número 1, com 100% de frequência”.

Praxedes era dono de um espirito alegre e brincalhão. Gostava de contar piadas e espantava o cansaço nas longas viagens, com suas costumeiras brincadeiras.

Uma pergunta que as pessoas sempre lhe faziam, principalmente os visitantes de outras cidades: “Qual o segredo para sua longevidade?”. E ele sempre respondia: “É que não tenho onde cair morto”.

Praxedes faleceu em São Gabriel, no dia 20 de junho de 2009, com a avançada idade de 102 anos. Hoje empresta seu nome a novel “Loja Praxedes da Silva Santos Nº 256”, de Santa Margarida do Sul. (Adaptação do livro “Praxedes o Cavaleiro do Tempo”, de Marco Medina: Nilo Dias - Matéria publicada no jornal "O Fato", de São Gabriel-RS)).



Nenhum comentário:

Postar um comentário