segunda-feira, 28 de novembro de 2016

Heron Domingues, um gênio da radiofonia brasileira

Heron de Lima Domingues é pouco lembrado em São Gabriel, sua terra natal. O único vestígio existente sobre ele na cidade é uma pequena rua de apenas pouco mais de 100 metros, localizada atrás do Estádio Sílvio de Faria Corrêa. De resto, nada.

E Heron Domingues, que nasceu no dia 4 de junho de 1924 e faleceu no Rio de Janeiro em 9 de agosto de 1974, não foi pouca coisa. Trata-se do maior locutor de notícias da história do rádio brasileiro. Talvez o silêncio reinante em sua terra natal se explique pelo fato dele não ter tido nenhum contato com o rádio local.

O historiador Osório Santana Figueiredo certa vez escreveu um elucidativo artigo sobre a vida de Heron Domingues, do qual este jornalista retirou boa parte deste trabalho. Como, por exemplo, que seu pai era o tabelião Gabriel Pedroso Domingues, chefe de cartório e sua mãe dona Gelsa Lima Domingues, do lar.

Tinha mais quatro irmãos, Ceres, Vera, Eurydice e Eudyceléia. Eles viviam em uma casa que ainda existe na rua General Mallet, 637 e com a mesma fachada. Em 1935 seu Osório conheceu toda a família.

Quando criança em São Gabriel, Heron inventou um Circo e ele próprio representava todas as cenas. Certa vez, conta o historiador, ele afinou uma pera com a faca até deixar tipo vela. Mas ninguém sabia.

Cravou um toco de pau de fósforo na ponta. Todos pensava que era uma vela mesmo. Depois das suas comparações pôs fogo no pau de fósforo e comeu a vela.

INTELIGÊNCIA PRECOCE  

O senhor Sady Barbosa, seu contemporâneo, também de saudosa memória, contou a Osório que Domingues como guri era singular. Dotado de uma inteligência precoce, desde menino mostrava vocação para ser radialista.

Quando havia futebol numa cancha que existia na Praça Doutor Camilo Mércio, antiga “Praça da Cadeia”, ele pegava uma caneca de lata e irradiava toda a partida com perfeição que causava admiração a todos.

Em 14 de junho de 1939, quanto tinha 15 anos, Heron perdeu sua mãe, que foi vítima da tuberculose. Entristecido com o golpe seu pai resolveu mudar-se para Porto Alegre, onde Heron completou o curso ginasial no Colégio Rosário, tendo como colega, entre outros, o veterano jornalista Flávio Alcaraz Gomes.

Quis o destino que Heron iniciasse a carreira de radialista longe de São Gabriel. Aos 16 anos participou de um concurso para cantor na Rádio Gaúcha, de Porto Alegre. Era um domingo do mês de dezembro de 1941, dia escolhido pelos japoneses para bombardear “Pearl Harbour”, no Havaí.

Como para tudo é preciso ter sorte, não havia nenhum locutor na emissora naquele momento e coube a Heron, que nem funcionário era, lançado às pressas aos microfones para dar a notícia em primeira mão.

Não participou do concurso, mas saiu da rádio empregado. Depois foi para ás Rádios Difusora e Farroupilha, onde apresentou o “Grande Jornal Falado Farroupilha”, ao lado de Ruy Figueira.

Em 1944, mudou-se para o Rio de Janeiro, para trabalhar na Rádio Nacional, como apresentador do “Repórter Esso”, o mais importante noticiário radiofônico da época, que estava no ar desde 28 de agosto de 1941. Heron Domingues apresentou o “Repórter Esso” por 18 anos.

Foi o primeiro noticiário de radio jornalismo do Brasil que não se limitava a ler as notícias recortadas dos jornais, pois as matérias eram enviadas por uma agência internacional de notícias sob o controle dos Estados Unidos.

Nos primórdios do rádio era comum o recorte de notícias dos jornais, para serem lidos nos noticiários. A sabedoria popular apelidou essa prática de “Gillette Press”. Algumas emissoras custaram a abolir isso e criar seus próprios Departamentos de Notícias.

Em uma das emissoras que trabalhei, o dono contratou um funcionário só para fazer isso. E contavam-se muitas histórias de foras monumentais ocorridos em razão disso. Não conto por razões óbvias.

O PATROCÍNIO DA ESSO

O “Repórter Esso” era patrocinado pela Esso Brasileira de Petróleo e já existia em cidades como Nova York (EUA), Buenos Aires (Argentina), Santiago (Chile), Lima (Peru) e Havana (Cuba) – fruto da “Política de Boa Vizinhança” dos Estados Unidos com os países da América Latina, seus aliados na guerra.

O programa era produzido no escritório de uma agência estrangeira de Publicidade e Propaganda, sediada no Rio de Janeiro, a partir de informações distribuídas pela agência internacional de notícias United Press International (UPI).

Minutos antes do programa entrar no ar um estafeta cruzava a Avenida Rio Branco até a Praça Mauá e entregava o noticiário, no 22º andar do edifício “A Noite”, na Rádio Nacional, do Rio de Janeiro.

Os locutores que fizeram maior sucesso no noticioso foram: Munir Mieli Kalil, Gontijo Teodoro, Luiz Jatobá e Heron Domingues.

Munir Mieli Kalil foi o primeiro Repórter Esso no Brasil e em São Paulo, na época, o noticiário mais famoso da TV Tupi. Nasceu em 2 de dezembro de 1930 e faleceu em 13 de abril de 1970, num acidente na Marginal Pinheiros em São Paulo.

Luiz Jatobá foi dono de uma das mais belas vozes da locução e narração no rádio, cinema e televisão, durante 45 anos. Depois de trabalhar nos Estados Unidos voltou ao Brasil, tornando-se o apresentador do primeiro noticiário da TV brasileira, o “Repórter Esso”, na TV Tupi, do Rio de Janeiro. Faleceu em 1982 em Nova York, aos 67 anos.

Gontijo Teodoro ficou famoso por comandar o popular "Repórter Esso", programa que marcou época na televisão brasileira. A célebre frase "Amigos ouvintes, aqui fala seu Repórter Esso, testemunha ocular da história", sempre era acompanhada por uma das vinhetas musicais mais conhecidas na história da TV brasileira.

O apresentador comandou o programa entre 1953 a 1970, na extinta TV Tupi. Gontijo morreu aos 78 anos de idade, vítima de enfarto, no Rio de Janeiro.

O “Repórter Esso” também lançou no Brasil o primeiro guia impresso para orientar radialistas na preparação do noticiário. O “Manual de Produção” destacava três regras básicas cumpridas com rigor pelo programa:

O “Repórter Esso” é um programa informativo. O “Repórter Esso” não comenta notícias. O “Repórter Esso” sempre fornece as fontes da notícia.

Determinava que seria de 5 minutos a duração no ar de cada edição normal do “Repórter Esso”. Vinte segundos a abertura e encerramento, quatro minutos notícias locais, nacionais e internacionais. Quarenta segundos mensagem comercial. 

A abertura seria padronizada: “Prezado ouvinte, bom dia (boa tarde ou boa noite). Aqui fala o Repórter Esso, um serviço público da Esso Brasileira de Petróleo e dos revendedores Esso com as últimas notícias UPI”.

Encerramento: “O Repórter Esso voltará ao ar logo mais (ou amanhã) às (...) horas. Até lá, muito bom dia (boa tarde ou boa noite) e... lembre-se: dá gosto parar num posto Esso”.

E também aconselhava que cada edição do informativo contasse com 40% de notícias locais, 40% de notícias nacionais e 20% de notícias internacionais. O conceito de “furo” subordinava-se à verdade do acontecimento; precisava dar a notícia certa, se possível, em primeira mão.

Heron Domingues fundou em 1948, na Rádio Nacional, uma seção de jornais falados e reportagens com a finalidade de dar uma linguagem própria ao Radiojornalismo.

Até esta época, e pouco antes da chegada do manual de redação, o Repórter Esso era apresentado com os telegramas lidos da forma que chegavam diretamente da agência UPI. Heron Domingues descobriu a medida de tempo de leitura de uma notícia, que correspondia a 15 linhas por minuto.

A CREDIBILIDADE DE HERON DOMINGUES

Boa parte da grande credibilidade do “Repórter Esso” junto aos ouvintes na época da guerra foi resultado da locução de Heron Domingues, escolhido entre centenas de candidatos para dar voz ao noticioso. Milhares de ouvintes se acostumaram e aprenderam a confiar no estilo de locução de Heron, que passou a ser imitado em todo o País.

Ele mesmo relatou que trabalhou no “Repórter Esso” de 1944 a 1962, sem um dia de folga. Levantava ás 6h45min e voltava para casa à 1h30min da madrugada. Nos períodos críticos, dormia na rádio, que tinha uma cama na redação.

Durante a guerra, dormia na Rádio Nacional com um fone no ouvido, diretamente ligado a UPI. Sempre que havia uma notícia importante, ele era despertado e colocava a emissora no ar e Transmitia a notícia.

Para o fim da guerra, a emissora preparou uma programação especial do “Repórter Esso”, em que a notícia seria dada fundida com o repicar de sinos. Com medo de se emocionar muito diante do microfone, gravou o início da transmissão: “Atenção! Atenção! Acabou a guerra”.

Acampado no estúdio da Rádio Nacional, Heron Domingues, aguardava sôfrego pelo telegrama que confirmaria o fim da Segunda Guerra Mundial, em 1945. Deveria fazer jus ao apelido a ele atribuído, “o primeiro a dar as últimas” e não arredaria pé da rádio até que anunciasse as boas novas.

Após passar Natal, Ano-Novo e Páscoa em alerta, os colegas insistiam para que ele fosse descansar em casa. Aceitou o conselho a contragosto e, para sua decepção, foi em casa que o radialista soube do fim do armistício, pela emissora concorrente, a Tupi, na voz do repórter Carlos Frias.

Este, além de locutor era apresentador, repórter e produtor, tendo exercido a profissão de 1943 até 1967. Nasceu em 1917, no Rio de Janeiro e morrei em 21 de dezembro de 1977, também no Rio de Janeiro, aos 60 anos de idade.

Ele foi apresentador do programa "Boa Noite para Você", em 1946. Doi namorado da cantora e atriz Dircinha Batista (1943-1965). Aposentado, também atuou na política. Sofreu um grave acidente automobilístico, em 1946, quase perdendo parte da língua, que foi preservada pela insistência do produtor de rádio e médico Paulo Roberto, que proibiu a amputação do órgão.

Depois de ter perdido a chance de noticiar primeiro o fim da guerra, indignado, Heron Domingues ligou para a UPI e responderam que “devia ter sido a Associated Press passando adiante dos fatos”.

Chamando uma edição extraordinária, Domingues anunciou que o “Repórter Esso” estava atento à espera da confirmação do fim do conflito, e que a UPI ainda não tinha notícias acerca do acontecimento e que os fatos divulgados ainda eram prematuros.

A Rádio Nacional teve de ser protegida pela polícia porque agitadores acusavam o “Repórter Esso” de derrotista e fascista e ameaçavam apedrejar a emissora. No entanto, a guerra realmente terminara, como anunciou Carlos Frias, na Rádio Tupi.

Para consolo, sua credibilidade ressoou: “Se o Repórter Esso ainda não deu, não deve ser verdade”, comentava-se pelo país. Só depois que empostou sua inconfundível voz ao microfone é que a notícia ganhou veracidade. E foi ao ar às 11 horas da manhã do dia 7 de maio de 1945.

NOTÍCIAS DE MAIOR IMPACTO

Segundo Heron, às cinco notícias que lhe causaram maior emoção foram:

O lançamento do primeiro satélite artificial em órbita terrestre. O fim da II Guerra. A conquista pelo Brasil da Copa do Mundo de 1958. O lançamento da bomba atômica em Hiroshima e o suicídio do presidente Vargas que, segundo suas palavras, o levou às lágrimas.

Depois da Segunda Guerra Mundial, o Repórter Esso noticiou grandes fatos, como a Guerra da Coréia (1950) e a Revolução Cubana (1959). No dia 5 de agosto de 1955, a notícia da morte da cantora Carmem Miranda parou o Brasil. Heron Domingues foi o primeiro a noticiar o fato, em edição extraordinária do “Repórter Esso”.

Mas não informava, por exemplo, notícias da Europa, da Ásia e da África se não houvesse interesses norte-americanos envolvidos. O programa terminou suas transmissões em 31 de dezembro de 1968 com Heron Domingues narrando a abertura, e Roberto Figueiredo despedindo-se dos ouvintes bastante emocionado.

Depois que o “Repórter Esso” saiu do ar, Heron trabalhou como comentarista internacional dos jornais “A Imprensa” e “A Noite”, redator da United Press e locutor dos jornais cinematográficos da Atlântida.

Possuía uma leitura cadenciada e com pausas, além de uma ótima memória fotográfica. Caracterizava-se por interpretar as notícias, transmitindo emoção e dramaticidade.

Independentemente de pequenos percalços, Heron Domingues fazia valer, em cada notícia, uma espécie de norma pessoal. Narrava o fato como se estivesse em uma trincheira. E deixou lições para as gerações de profissionais que vieram depois. Estagiou durante três anos nas grandes redes de TV americanas.

Na televisão, trabalhou na extinta TV Rio, onde apresentou o “Telejornal Pirelli”, ao lado de Léo Batista. A partir de 1972, se tornou comentarista do “Jornal Nacional”, da Rede Globo.

Quando foi trabalhar na televisão, teve de fazer um regime para perder 20 quilos. E ainda mudou o guarda-roupa e o corte do cabelo, tudo para aprimorar o visual.

Era um profissional cuidadoso, tinha o costume de ligar para as embaixadas a fim de confirmar a pronúncia de nomes estrangeiros e retificava os textos entregues pelos redatores para que ele os apresentasse.

UM BOÊMIO INVETERADO

Sua voz era um primor. Heron acreditava ser uma dádiva de Deus, e por isso nunca cuidou de preservá-la. Boêmio inveterado, bebia e fumava sem o menor controle. Depois do expediente, era comum ir para a casa de amigos para notívagos bate-papos.

Quando as visitas partiam, virava-se para a esposa, a jornalista Jacyra Domingues, e dizia: “Já faz muito tempo que estou em casa, vamos sair para dançar.”

Uma equipe médica estudou a voz de Domingues por dez anos e nenhuma alteração foi observada, um fenômeno. “Bebo e fumo em excesso”, disse ele. “Pois continue bebendo e fumando”, teriam lhe aconselhado os médicos.

Um professor de Direito da “Faculdade Cândido Mendes” chamou Heron Domingues, na frente dos alunos, de “gênio da califasia” – a arte de bem pronunciar as palavras. 

Desde 1972, estava na TV Globo, eufórico para anunciar com exclusividade a renúncia do ex-presidente americano Richard Nixon, sem imaginar que seria seu último noticiário. Poucas horas depois, amigos acreditam que Domingues foi vencido pela emoção e por isso morreu dormindo, vítima de um ataque cardíaco, em 9 de agosto de 1974.

Causa da Morte: Heron Domingues morreu dormindo, aos 50 anos de idade em sua residência no Rio de Janeiro, devido à ocorrência de infarto. O corpo foi sepultado no dia 10, no Cemitério São João Batista no Rio de Janeiro.

O jornalista Telmo Ferrari, seu contemporâneo e amigo dizia que Heron foi um dos mais completos repórteres de rádio e televisão de todos os tempos. Lembra que era um apaixonado pela carreira que amou e dignificou.

O famoso radialista Saint Clair Lopes, na Rádio JB, dizia que "quando o Repórter Esso entrava no ar, podia-se acertar o relógio. A pontualidade era britânica".

E era verdade. Sua pontualidade era tal, que para ser colocada no ar a fanfarra composta pelo maestro Carioca, característica musical do noticiário, os relógios precisavam ser antes acertados.

Saint–Clair nasceu na cidade do Rio de Janeiro em 1906 e faleceu na mesma cidade, em 6 de março de 1980, aos 73 anos. Ele foi locutor, ator, apresentador, redator, diretor e professor.  Atuou em rádio e em cinema. Seu nome completo era Saint-Clair da Cunha Lopes.

Formou-se em Direito, mas foi professor na Faculdade de Filosofia da Universidade do Brasil e da PUC, onde lecionou rádio e jornalismo.

Em 1937, iniciou sua carreira em rádio como locutor, através de um concurso promovido pelo famoso homem de rádio da época, Renato Murce.

Depois Saint-Clair foi para a Rádio Nacional, onde permaneceu por 34 anos, e onde fez de tudo: foi locutor, animador, apresentador, produtor e diretor. Fez parte do elenco da primeira novela da emissora, em 1951, “O Direito de Nascer”, no papel de Dom Rafael. Fez parte também do programa: “O Sombra”, que ficou no ar por seis anos.

O publicitário Chico Socorro escreveu no site “Caros Ouvintes”, que Villas-Boas Corrêa, o mais antigo analista político em atividade no país, fez em 2003 um interessante relato sobre a notícia da morte de Getúlio Vargas dada por Heron Domingues e que vale a pena transcrever:

“Na época eu trabalhava no jornal “O Dia”, que ficava na rua Marechal Floriano, e no “Diário de Notícias”, na rua da Constituição, transversal da Praça Tiradentes”. O desfecho, ao que tudo indicava, estava próximo: Getúlio ia tirar uma licença, que se transformaria em renúncia. Era uma fórmula menos polêmica.

Como o jornal era matutino, a edição estava pronta e tinha todo mundo ido para casa. Eu fui o último porque tinha que fazer a matéria de “O Dia”, que era vespertino. Estava morto de cansado após uma noite em claro; lavei o rosto e fui me arrastando para a Praça Tiradentes.

A notícia do suicídio explodiu quando eu estava na altura da Uruguaiana. Numa loja de rádios, ouvia-se alto a voz de Heron Domingues lendo a carta-testamento. Bem na minha frente estava uma senhora negra, baixota, gorda, com duas sacolas na mão.

Ela parou e parecia inchar. De repente, berrou com violência: “Canalhas, ladrões, mataram nosso amigo, mataram o velhinho”. Ela fez um comício desesperado.

Heron Domingues, aos 50 anos, veio a falecer, vítima de um ataque cardíaco fulminante, na noite de 9 de agosto de 1974 em que dava destaque ao dramático discurso de renúncia do presidente Nixon através do “Jornal Nacional” na TV Globo.

Pela repercussão de seu trabalho, Heron não encontrou rivais em 30 anos de rádio. Tinha o dom de personalizar a notícia.

Tem toda a razão o historiador Osório Santana Figueiredo ao dizer que existe apenas uma rua sem expressão, para lembrar que ele nasceu em São Gabriel.

E completa: “Acredito que o primeiro dever de um povo é honrar a imagem daqueles que contribuíram, expressivamente, para o seu engrandecimento. Esquecer os seus valores morais é promover a falência cultural das gerações futuras”.

Essa declaração do nosso querido historiador me faz lembrar que a última menção pública ao nome de Heron Domingues, em São Gabriel, deve ter sido feita há muitos anos atrás, quando o decano dos radialistas locais, embora filho de Pelotas, o incomparável Dagoberto Focaccia ainda narrava futebol e dizia: “A nossa S.E.R. São Gabriel vai atacar na goleira de fundo, a goleira Heron Domingues...”

Heron Domingues empresta seu nome a um colégio estadual na cidade de Marechal Cândido Rondon, Paraná, e também ao Grêmio Estudantil do mesmo educandário. É nome de praça em Porto Alegre e de rua em Ribeirão Preto (SP), Rio de Janeiro, Novo Hamburgo (RS), Londrina (PR), São Paulo, Guarulhos (SP), São Bernardo do Campo (SP), Ourinhos (SP), Santo André (SP) e Araruama (RJ),
(Publicado no jornal "O Fato", de São Gabriel-RS, edição de 25 de novembro de 2016. Pesquisa: Nilo Dias)


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