Maneco foi um tradicionalista reconhecido, prestou grandes serviços ao movimento, criando outros grupos de danças em diversas entidades. E o mais importante: plantou a semente nos colégios. A escola Fernando Abbott teve um grupo que participava com galhardia no Estado gaúcho. O tradicionalismo em São Gabriel teve em todos os seus passos a mão discreta mas competente do Maneco.
Foi colaborados do Jornal "O Imparcial" durante muitos anos, com suas colunas sempre atuais e suas críticas sutis aos fatos do momento. Dominava com sabedoria as artes de escrever e da oratória. Foi professor nas Escolas Perpétuo Socorro, Marques Luz e Celestino Cavalheiro.
Após sua morte foi homenageado pela Escola Sueny Goulart, a qual deu seu nome ao Centro Cívico da Escola. Ainda como jornalista, foi redator de "O Imparcial" e correspondente de "Zero Hora".
Faleceu em 30 de outubro de 2001. Aos atos fúnebres de "Maneco" compareceu uma multidão de crianças, idosos, ex-alunos, alunos, colegas, tradicionalistas; inclusive um grupo de cavalarianos da Coordenadoria Tadicionalista. Ele teve a marcante despedida que merecia. Colheu o que soube plantar com muita dignidade e ética profissional. (Fonte: Editora Alcance)
Sonho e Realidade
Manoel Airton Macedo Rodrigues aprontou com o maior mimo o seu "Sonho para a Realidade", em 1993. É o ano grafado nos originais que me entregou, anos mais tarde, quando consegui arrancar-lhe de suas gavetas, numa de minhas visitas à querida São Gabriel.
Combinávamos a sua publicação quando infelizmente ele partiu em 2001. E os originais foram ficando nos escaninhos de minha editora. E cada vez que os via por ali, me olhavam, cobrando vida, querendo tomar corpo. Eu perdia o prumo. (Enquanto a "Alcance" ia publicando centenas de autores deste mundão de Deus. E os meus títulos próprios.)
O sentimento de culpa me incomodava. O "Maneco" ali, parado, em forma de papel e de poesia, me olhando do partidor de uma cancha reta.
No início de 2009, decidi: Vou fabricar um tempo para tornar Realidade o Sonho do meu amigo. Amigo de sairmos para clubes e bailes, encontrar gurias para dizer-lhes poemas, dançar e namorar.
A conversa com seus irmãos, Adair e Nilza, me alentaram a alma com a permissão para editar o livro. (Com a ajuda do professor Meneghelo, meu mestre dos tempos do XV de Novembro, que me conseguiu o contato com ambos).
Agora podemos afirmar: Se no outubro de 2001 o poeta Manoel Airton faleceu, no outubro de 2009 renasceu com seu "Sonho e Realidade" na 3ª Feira do Livro de São Gabriel e na 55ª Feira de Porto Alegre. Isso é a ressurreição pela Poesia. (Rossyr Berny)
O inesquecível Manoel Airton Macedo Rodrigues, o "Maneco do Imparcial")
Nenhum comentário:
Postar um comentário