Monsenhor Henrique Rech

*O monsenhor Henrique Rech nasceu em Santa Cruz do Sul,no dia 29 de agosto de 1880. Era filho do casal Jacó e Elizabeth Morsch Rech. Em 30 de novembro de 1905 foi ordenado padre, pelo Seminário Diocesano de Porto Alegre, pela imposição das mãos de Dom Cláudio José Gonçalves Ponce de Leão.

Ele chegou a São Gabriel no dia 3 de setembro de 1909, quando assumiu a direção da paróquia. As obras da Igreja Matriz estavam por terminar. Durante 14 anos ele dedicou todos os seus esforços para que o templo fosse concluído. A segunda torre ficou pronta no dia 27 de julho de 1910. Em 7 de dezembro de 1924 finalmente a Igreja Matriz foi inaugurada.

As suas realizações foram muitas. Entre elas a fundação do Apostolado da Oração, em 17 de outubro de 1909; a Congregação Mariana, Filhas de Maria, em 15 de agosto de 1916; Sociedade São Vicente de Paula, em 23 de setembro de 1917.

Era comum ver o monsenhor Henrique Rech percorrendo o interior do município, muitas vezes a cavalo, outras de aranha, levando uma palavra de fé aos moradores dos vários rincões. E assim foram surgindo as capelas distritais: “Nosso Senhor do Bonfim”, 20 de janeiro de 1923; “Sagrado Coração de Jesus”, de Suspiro, 27 de maio de 1928; “Santo Antônio”, no Pavão, 1929; “Santa Bárbara”, no Cerrito, 1931; “Santa Brígida”, 1932 (particular); “Santo Antônio do Bolso”, 1945.

Em novembro de 1962 foi inaugurado o pedestal da imagem do Arcanjo São Gabriel, uma das marcas mais importantes de sua gestão. A obra aconteceu a pedido dele e da senhora Celina Barbosa Rodrigues.

A imagem foi erguida na avenida Presidente Vargas porque na época era o principal acesso á entrada da cidade, tendo em vista que a BR-290 não existia. No mesmo ano, inaugurou o busto do ex-prefeito José Sampaio Marques Luz.

O monsenhor Henrique Rech foi diretor do jornal "Mensageiro Paroquial", que era editado em São Gabriel e publicava notícias da paróquia.

O monsenhor faleceu no dia 10 de abril de 1979, aos 98 anos de idade, 70 deles passados em São Gabriel. Suas exéquias foram celebradas na Igreja Matriz, que foi tomada por uma enorme multidão. O prefeito municipal da época, Ramiro da Silva Meneghello decretou feriado municipal por três dias. As escolas suspenderam as aulas e o comércio fechou as portas em homenagem ao santo homem.

Após uma missa campal, uma multidão incalculável conduziu a pulsos o ataúde branco com os restos do saudoso chefe da paróquia. O padre Rubem Natal Dotto, escrevendo seu necrológio, disse a certa altura: “O enterro do Monsenhor Henrique Rech não foi tristeza, mas foi a celebração da esperança e da certeza da ressurreição”.

A 5 de dezembro de 1990, seus restos mortais foram transladados para o interior da Igreja Matriz, onde estão depositados num nicho funerário em uma das paredes internas da sua nave superior. (Fonte: Livro “História de São Gabriel”, de autoria do historiador Osório Santana Figueiredo)

Última foto do Monsenhor, na Praça Doutor Fernando Abbott, tendo ao fundo a Igreja Matriz. (Foto: Arnulfo Lucas de Souza, publicada no livro “História de São Gabriel”, de autoria do historiador Osório Santana Figueiredo)