*No decorrer dos anos, foram muitas as figuras
populares e folclóricas que frequentaram os estádios e campos de futebol de São
Gabriel.
Num passado mais recente, tivemos a “Margarida”,
torcedora fanática da S.E.R. São Gabriel, que vendia amendoim torrado no
Estádio Silvio de Faria Corrêa. A todo o momento, ela se virava em direção ao
gramado e gritava: “Viva o São Gabriel”, enquanto levantava o vestido para
delírio dos demais torcedores.
Outro personagem, “Santo Louco”, não perdia um só
jogo da S.E.R. São Gabriel, uma de suas paixões, a outra era o Internacional.
Inexplicavelmente para quem o conhecia, sempre chegava ao estádio completamente
sóbrio. E quando o autor do livro era o presidente da S.E.R. São Gabriel, o
“Santo” sempre assistia aos jogos a título de cortesia.
Havia também
“Chicão”, um moreno alto e gordo, que ia ao estádio depois de tomar umas
e outras, gostava de exigir raça do time, por isso costumeiramente gritava:
“SANGUE”. E os gozadores de plantão não perdoavam e revidavam: “Cala a boca
Feijão Azedo”. E o Chicão retrucava: “É a mãe”. Ele faleceu em meados de 2011.
Outro torcedor que o autor não recorda o nome,
sempre devidamente alcoolizado passava o jogo inteiro tocando um pandeiro.
Com Moacir, o popular “Boca”, a situação
era diferente. Ele morava em um dos vestiários do estádio. E a impressão que
dava é de que não era muito chegado a futebol. Em dias de jogos, ia para o
centro da cidade e só voltava à noite. O autor lembra que cada vez que encontrava
o “Boca”, este gritava: “Nilo Dias, o dono do estádio”. (Extraído do livro "100 anos de futebol em São Gabriel", de autoria de Nilo Dias)
Moacir, o popular "Boca" morou no estádio, mas não parecia ter muito interesse pelo futebol. (Foto: Marcel da Cohab)
Moacir, o popular "Boca" morou no estádio, mas não parecia ter muito interesse pelo futebol. (Foto: Marcel da Cohab)
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