A amiga Marilene Figueiredo Nunes, filha do historiador
da cidade, Osório Santana Figueiredo, que há pouco tempo nos deixou, conta em
sua página no Facebook, que herdou a máquina de costura que foi de sua mãe,
dona Juracy, também de saudosa memória.
Vale a pena publicar a bonita crônica que ela escreveu.
E a máquina entrava em ação e os pés de nossa mãe no
pedal da máquina movimentavam-se rapidamente, como as rodas de um trem na
travessia dos trilhos. Linhas, dedais, agulhas, tecidos e tesouras eram
espalhados pela máquina.
Os pensamentos de minha mãe eram, por certo, alinhavados
e costurados nos modelos escolhidos nas Revistas de moda, da época.
A velha máquina guarda a história de nossos cotidianos
passados, vividos na infância e juventude. Guarda também afetos e as alegres
sensações faceiras em vestir uma roupa nova e sair contente, sem precisar de
festa.
Quanta satisfação era sentida ao fechar a tampa da
máquina. Era trabalho terminado ,roupa feita! Vendo a máquina, vejo a presença
invisível de nossa nossa mãe, sentada e concentrada nas costuras.
Sentimentos com lembranças remendam e também costuram
meus pensamentos distantes, que contam nossa história. A velha máquina de
Costura e seu valor histórico tem um pouco de nossa identidade, através das
lembranças de como éramos e ficamos.
Essas lembranças nos faz entender como somos e que
objetos e móveis carregam em seus cheiros um pouco de nós. Costurando e
remendando lembranças, para que as boas, nunca sejam rasgadas e perdidas.
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