Gaúcho de Santana do Livramento, nasceu em 12 de maio de
1924. Mas pelo fato de seus familiares residirem em Rivera, sempre se considerou
um uruguaio brasileiro.
Começou a carreira de futebolista no Club Atlético
Oriental, de Rivera, onde jogou de 1938 até 1940. Depois foi para o Peñarol e posteriormente
o Huracán, todos também de Rivera. Paralelamente jogava basquete pelo Atlas, da mesma cidade.
Em 1945 foi jogar pela primeira vez no Brasil, sendo
contratado pelo Fluminense, de Santana do Livramento, onde passou a ser chamado
de “Menino de Ouro”. Em 1947 o desportista Pascoalito, de Livramento e torcedor do Fluminense, indicou o zagueiro ao amigo Luiz Dupont, dirigente e torcedor do Grêmio
Esportivo Bagé. Foi assim que "Ducos" chegou ao jalde-negro,
onde permaneceu até 1954.
Nesse ano foi jogar no Esporte Clube Cruzeiro, de São Gabriel, levado pelo saudoso desportista Helvécio Siqueira Prates, um dos monstros sagrados do Bagé e que foi presidente do áureo-cerúleo gabrielense. “Ducos” ficou no Cruzeiro até o ano de 1960.
“Ducos”, mesmo dizendo que gostava muito do Cruzeiro e de
São Gabriel, salientava que os seus grandes momentos foram vividos em Bagé,
onde conheceu Iliana, sua esposa, e onde nasceram os filhos Carlos Alberto,
casado com Jane, José Antônio e Liliane, casada com Sérgio Torrontegui e os
netos.
Mesmo observando que esteve definitivamente enraizado em
Bagé, não esquecia que teve muitos amigos em São Gabriel. Defendendo o Cruzeiro
foi finalista do Campeonato Estadual em 1959, contra o Grêmio. E durante 7 anos
campeão da cidade.
Não esqueceu que quando chegou em São Gabriel os
diretores frequentavam a Copa do Clube Comercial. Todos bebiam vinho e ele se
sentiu na obrigação de também botar vinho na mesa.
Quando veio a conta, as duas garrafas que pediu somavam
três mil cruzeiros. Reclamou e ouviu do garçom que o pessoal do Cruzeiro só bebia vinho
chileno. Mesmo ganhando somente mil cruzeiros por mês, não teve jeito, pagou. E amargou um arrependimento por vários dias.
Lembrava muito do goleiro Paraguaio e também de Orli, Caboclo,
Portuário, Nadir, Flávio e Zezo, companheiros de time e de Helvécio Siqueira Prates, que era o
presidente do clube e responsável por sua ida para São Gabriel.
E de jogadores do futebol de Bagé nunca esqueceu de
Cross, Saul Mujica, Sérgio Cabral, Saul, o “Castelhano”, Nascimento, Calvete, o
“Tóia”, Rubilar, Rui Garrastazu, Tupâ e Tupãnzinho, Leivas, Max, Ballejo,
Athaydes, Bataclan, Barradinha, Carioca, Solis Rodrigues e muitos outros. (As informações e fotos são do arquivo de Carlos Alberto Ducos)
"Ducos" e família.
"Ducos", a esposa Iliana e os filhos Beto e Liliane, em São Gabriel.
1956. "Ducos", Iliana e Liliane, passeando em São Gabriel.
"Ducos", no Grêmio Bagé.
"Ducos" , no Cruzeiro, de São Gabriel.
Atletas do Cruzeiro, de São Gabriel. "Ducos" está no meio. "Caboclo" de braços cruzados. O primeiro não sei quem é.
Esta foto é especial. "Ducos" é o penúltimo em pé. E o segundo, também em pé, é Alceu Collares, que além de ter sido governador do Estado jogou no Grêmio Bagé.
Time do Cruzeiro, de São Gabriel. "Ducos" é o penúltimo, em pé, a contar da esquerda para a direita.
Atletas do Cruzeiro, de São Gabriel reunidos no gramado. "Ducos" é o terceiro agachado, ao lado de "Caboclo".
Uma foto histórica. A delegação do Bagé, em Montevidéu, quando da festa dos 63 anos do Penãrol. "Ducos" está presente, na primeira fila, bem ao meio.
Outra matéria empolgante... Ducos, o "seu" Ducos era um homem, acima de tudo, educado e elegante. Grande jogador. Lembro-me da família, qual visitei quando estive em Bagé no ano de 1974. Feliz pela imagem e pelas belas recordações onde meu pai, Paraguaio, do Cruzeiro de São Gabriel, também é lembrado por Ducos, junto a Caboclo, Bedeu (em duas fotografias ao lado de Ducos e Caboclo), e tantos outros. Obrigado Nilo e abração Beto Ducos.
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