quarta-feira, 25 de julho de 2018

A festa dos carreteiros

São Gabriel já foi conhecida como o último reduto dos carreteiros. Lembro bem do tempo que eu morava na cidade e diariamente me deparava com esses trabalhadores vindos da zona rural, especialmente de Vista Alegre, pera comercializarem seus produtos.

Vinha de tudo. Galinhas, porcos, abóboras gigantes, frutas variadas e, a meu ver, o melhor de tudo, o charque gordo, maravilhoso para um bom carreteiro ou para o feijão nosso de cada dia. Mas tudo o que é bom dura pouco.Um dia tudo acabou. Parece que a Secretaria da Saúde proibiu a venda desses produtos.

Acho que a cidade perdeu, a população e a tradição, também. Volta e meia é possível ver algum heroico carreteiro pelas ruas da cidade, tocando sua carreta puxada a boi. Mas nem de longe se observa a quantidade de antigamente.

A carreta é hoje objeto de decoração, peça de museu. E isso pode ser visto em várias propriedades rurais, a velha carreta frente a casa, como lembrança de um tempo que não volta mais.

Fiquei feliz ao ler a notícia de que nos dias 21 e 22 deste mês se realizou a "4ª Festa dos Carreteiros", promovida pela "Associação Amigos dos Carreteiros" e "Emater", com apoio da Prefeitura Municipal, Sindicato dos Trabalhadores Rurais, Piquete de Tradições Gaúchas dos Carreteiros e 6º Batalhão de Engenharia de Combate. 

Pelo menos isso. Uma oportunidade para os velhos carreteiros e seus familiares confraternizarem, lembrando as aventuras vividas nas estradas de chão batido, nas longas viagens de ida e volta até a cidade.

A festa, dizem, foi muito bonita.Os acampamentos foram montados no sábado. O evento teve ainda ima Feira de Produtos da Agricultura Familiar, mateada, palestras, tertúlia livre e outras atividades. No domingo, a abertura oficial com desfile das carretas e cavalarianos até a Escola Municipal Jerônimo Machado, apresentações artísticas e culinária típica. 

Destaque para a inauguração do "Monumento ao Carreteiro", que se localiza no “Trevo João Luiz Eguilhor”. (Fonte e foto: Jornal "A Notícia")


2 comentários:

  1. Quando nos idos de 1954, ao visitar meu avô paterno João Geraldo Barboza, que tinha uma fazendola no corredor do "Ynhatinhun", no Distrito de Tiaraju, a tardinha eu ouvia o canto dos carreteiros,voltando para as casas, algo que até hoje eu tenho na lembrança. Os Langendorf's são parentes dos Barboza's...

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  2. Pois é eu também sou de São gabriel atualmente moro em viamao conheci alguns desses carrateiros os langendorfs a minha mãe era conhecida desses cuéras eles nao puderam mais comercializar os seus produtos porque nao podiam pagar impostos como tudo nesse nosso pais véio mas a festa a prefeitura apoiou porque?

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