segunda-feira, 22 de outubro de 2018

Gabrielense é nome de avenida em Brasília

Filho de Rômulo Prates da Silveira e de Cândida Célia Prates da Silveira, Hélio Prates da Silveira nasceu em São Gabriel, no dia 29 de outubro de 1920, e faleceu em Porto Alegre no dia 12 de dezembro de 1997. Tratava-se de um matemático, arquiteto, militar e professor.

Após fazer seus estudos na Escola Técnica de Agricultura em Viamão (RS), no Colégio Pedro II no Rio de Janeiro, então Distrito Federal, e na Escola Preparatória de Porto Alegre, sentou praça em março de 1942 na Escola Militar do Realengo, no Rio, saindo em agosto de 1945 aspirante-a-oficial da arma de cavalaria, já pela Escola Militar de Resende (RJ).

Promovido a segundo-tenente em novembro do mesmo ano e a primeiro-tenente em dezembro de 1947, e sendo matemático licenciado pela Faculdade de Filosofia da Pontifícia Universidade de Porto Alegre, obteve em 1950 aprovação no concurso para professor dessa matéria no magistério do Exército, indo lecionar na Escola Preparatória de Porto Alegre. 

Em junho de 1951, recebeu a patente de capitão, formando-se dois anos depois pela Faculdade de Arquitetura da Universidade do Rio Grande do Sul e passando a exercer a profissão. Em junho de 1954, atingiu o posto de major como professor-adjunto da cadeira de trigonometria e geometria. 

Chegando em agosto de 1961 a tenente-coronel, ocupou a chefia da cadeira de matemática do Colégio Militar de Porto Alegre. Em novembro de 1969, no início do mandato presidencial do general Emílio Garrastazu Médici, teve seu nome aprovado pelo Senado para assumir o cargo de governador do Distrito Federal, substituindo a Wadjô Gomide.

Sua administração foi marcada por denúncias de operações imobiliárias irregulares por parte da Sociedade de Habitações de Interesse Social Ltda. (SHIS). Segundo o jornal "O Estado de São Paulo", a SHIS vendera apartamentos de luxo a funcionários do governo pela metade do preço. 

Entre os beneficiados, estariam quatro diretores da própria SHIS, além do irmão de Hélio Prates e seu chefe da Casa Civil, o médico Caio Flávio Prates, e de um filho e um sobrinho, respectivamente secretário particular e assessor do governo.

As obras realizadas na gestão de Hélio Prates da Silveira também causaram polêmica. Deixando inacabada a construção de uma ponte sobre o lago Paranoá projetada por Oscar Niemeyer e iniciada em 1969, mandou construir outra ponte, ao lado da incompleta. 

As obras do Centro Esportivo Presidente Médici, que incluiriam um autódromo e um novo estádio de futebol com capacidade para 140 mil pessoas, não foram finalizadas.

Permaneceu no governo até abril de 1974, quando chegou à presidência da República o general Ernesto Geisel. Foi substituído por Elmo Serejo Farias. Nesse mesmo ano, foi para a reserva.

Depois que deixou o governo da capital federal, passou a exercer a vice-presidência e, em seguida, a presidência do Sistema Financeiro Sul-Brasileiro e do Banco de Investimentos Sul-Brasileiro, que dirigiu até 1985. 

No ano seguinte, com a liquidação extrajudicial do Sul-Brasileiro pelo governo, Hélio Prates da Silveira foi denunciado, juntamente com outros 22 ex-administradores do banco, por crime contra a economia popular. Seus bens ficaram indisponíveis durante 10 anos, sendo finalmente liberados em 1995, quando Prates foi absolvido das acusações.

Era casado com Vera Almeida Prates da Silveira, com quem teve quatro filhos. Foi também proprietário rural, administrando as terras herdadas por sua esposa na região de Dom Pedrito (RS).

Durante sua carreira militar, serviu no 14º Regimento de Cavalaria de Dom Pedrito, no 1º RC de São Cristóvão, no Rio de Janeiro, no 7º RC em Santana do Livramento e no 2º RC em Porto Alegre. Foi também instrutor do Centro de Preparação de Oficiais da Reserva (CPOR) na capital gaúcha.

A Avenida Hélio Prates, em Taguatinga, que cruza as cidade satélites de Taguatinga e Ceilândia foi batizada em sua homenagem, assim como o antigo Estádio Governador Hélio Prates da Silveira, atualmente Estádio Nacional de Brasília Mané Garrincha. (Fonte: Jornal "Correio Braziliense")


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