Lembro com saudade imensa do tempo que morei em São Gabriel. Por lá até a chuva é diferente da que cai aqui em Brasília, onde moro há 20 anos. No Sul chove forte, às vezes dura uma semana ou mais, é forte e intermitente.
Por aqui, raramente dura mais do que algumas horas. As vezes até é forte, causa problemas em locais mais vulneráveis. Em São Gabriel são as enchentes, como essa última que desabrigou muita gente e causou prejuízos de toda a ordem.
Fiz essa introdução para poder dizer que as duas fotos acima, copiadas da página do amigo Ricardo de Moraes, no Facebook, mexeram com minhas lembranças, me levando a cantar intimamente, uma canção gaúcha que aprecio muito, "Previsão", do consagrado cantor e compositor gabrielense, Adair de Freitas:
"O tempo se armou de fato/Lá pra o lado do Uruguai/Vai
chover barbaridade/E sem poncho ninguém sai.
E é por isso/Que o campeiro se agasalha/Porque sabe que
não falha/A previsão de vaqueano/Mesmo aragano/Sabe que é dura a peleia/Quando o
tempito se enfeia/Pro lado dos castelhanos.
O tempo se armou de fato/Lá pra o lado do Uruguai/Vai
chover barbaridade/E sem poncho ninguém sai.
Isto é costume/Da gente lá da fronteira/Gente boa sem
fronteira/Que observa a natureza/É sutileza do peão, e está provado/Se armando
pra aquele lado/Chove chuva com certeza.
O tempo se armou de fato/Lá pra o lado do Uruguai/Vai
chover barbaridade/E sem poncho ninguém sai.
A vida é um tempo/Temporal, vento maleva/E a vida que a
gente leva/Leva o tempo pela mão/Meu bom patrão,/Que alegria se eu previsse/Que
a chuva do amor caísse/Nos ranchos do meu rincão."


Nenhum comentário:
Postar um comentário