sábado, 13 de abril de 2019

Vai chover barbaridade



Lembro com saudade imensa do tempo que morei em São Gabriel. Por lá até a chuva é diferente da que cai aqui em Brasília, onde moro há 20 anos. No Sul chove forte, às vezes dura uma semana ou mais, é forte e intermitente.

Por aqui, raramente dura mais do que algumas horas. As vezes até é forte, causa problemas em locais mais vulneráveis. Em São Gabriel são as enchentes, como essa última que desabrigou muita gente e causou prejuízos de toda a ordem.

Fiz essa introdução para poder dizer que as duas fotos acima, copiadas da página do amigo Ricardo de Moraes, no Facebook, mexeram com minhas lembranças, me levando a cantar intimamente, uma canção gaúcha que aprecio muito, "Previsão", do consagrado cantor e compositor gabrielense, Adair de Freitas:

 "O tempo se armou de fato/Lá pra o lado do Uruguai/Vai chover barbaridade/E sem poncho ninguém sai.

E é por isso/Que o campeiro se agasalha/Porque sabe que não falha/A previsão de vaqueano/Mesmo aragano/Sabe que é dura a peleia/Quando o tempito se enfeia/Pro lado dos castelhanos.

O tempo se armou de fato/Lá pra o lado do Uruguai/Vai chover barbaridade/E sem poncho ninguém sai.

Isto é costume/Da gente lá da fronteira/Gente boa sem fronteira/Que observa a natureza/É sutileza do peão, e está provado/Se armando pra aquele lado/Chove chuva com certeza.

O tempo se armou de fato/Lá pra o lado do Uruguai/Vai chover barbaridade/E sem poncho ninguém sai.

A vida é um tempo/Temporal, vento maleva/E a vida que a gente leva/Leva o tempo pela mão/Meu bom patrão,/Que alegria se eu previsse/Que a chuva do amor caísse/Nos ranchos do meu rincão."

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