As professoras Nara Rejane Zamberlan dos Santos,
Cassandra Nastaja e Caroline Ciliane Seretta são autoras do artigo
“Representações do Pampa nas paisagens rurais e culturais”.
Os campos da Região Sul do Brasil são denominados como
“Pampa”, termo de origem indígena para “região plana”, entretanto, esta
denominação corresponde somente a um dos tipos de campo, encontrado ao sul do
Rio Grande do Sul, atingindo o Uruguai e a Argentina.
O “Pampa” é um bioma compreendido por vastas áreas de
planícies recobertas por gramíneas, onde se encontram grandes propriedades
rurais, lugar onde se desenvolve a lida campeira, se perpetuam os costumes e
tradições e existem os bolichos para convivência e contação de causos.
Estas propriedades possuem características arquitetônicas
regionais, mobiliário e objetos artísticos que remetem ao poderio outrora
destes locais, e registram a própria história não só familiar, mas política,
social e econômica.
Denomina-se estância no Rio Grande do Sul, uma
circunscrição dada das campinas do país, povoada de gado, cavalos e mulas e, em
certas porções, partes de carneiros.
Tem ordinariamente a extensão de uma sesmaria, às vezes
de duas, de três e mais; os animais multiplicam-se nelas na razão da quantidade
inicial, da vastidão do território e da bondade dos pastos.
Pena que os poderes municipais tenham pouca disposição
para incentivar a manutenção deste patrimônio rural, direcionando novas
ruralidades e propondo políticas que agreguem valor as mesmas.
É preciso que se divulgue estes sítios históricos e
culturais, com o objetivo de averiguar os registros e estudos realizados no
município de São Gabriel, bem como as políticas públicas relacionadas com o
tema.
O estudo que foi desenvolvido mostra que a localização
destes imóveis na região denominada Metade Sul do Estado do Rio Grande do Sul,
se encontra em uma área economicamente deprimida, o que contribui para o
decréscimo de investimentos por parte dos proprietários, ou o esvaziamento das
famílias.
Não existe um vinculo histórico ou afetivo com o lugar.
Os proprietários não se importam em vender ou arrendar suas terras.
Talvez esta seja uma das razões para que não exista o
menor interesse em propor políticas públicas para inventariar tais locais, resgatar
dados históricos, partilhar conhecimentos com a população.
ROTA HISTÓRICA CULTURAL
O Plano Diretor de São Gabriel apresenta a proposta de
uma rota Histórica Cultural na zona rural com 10 pontos turísticos, mas não faz
alusão a 26 sedes de antigas estâncias constantes no mesmo documento.
Não seriam estes locais objeto de estudo sobre sua
autenticidade, potencialidade e recuperação histórica? Quanto ao registro das
propriedades através de livros e documentários o mesmo teve início com publicação
de obra específica do tema, porém não houve continuidade das ações.
A análise da obra que contempla aspectos históricos
aponta duas propriedades na sede do município, oito estâncias no distrito de
Vacacaí, 17 no distrito de Batovi, 15 no distrito de Suspiro, três em Cerro do
Ouro, cinco em Catuçaba, 18 no distrito de Tiarajú, e 16 no distrito de Azevedo
Sodré.
Destaque também para as estâncias históricas, antigas e
tradicionais de Santa Margarida do Sul (ex-distrito de São Gabriel) com 12
propriedades rurais.
A pesquisa se caracteriza como qualitativa documental e
foi realizada mediante análise bibliográfica com base na obra de Rieth (2010),
além do Plano Diretor (PDDUA) de São Gabriel e do site oficial dos municípios
envolvidos.
O recorte da pesquisa se baseou na análise de algumas
características das estâncias históricas e antigas do município de São Gabriel,
localizado na região Centro-Oeste do Rio Grande do Sul. Foram incluídas
propriedades de Santa Margarida do Sul, pois este município outrora pertencia a
São Gabriel, sendo emancipado em 1996.
Foi estruturado um instrumento para selecioná-las
por distrito/município, classificação,
uso atual e fatos históricos. No estudo foi observada a divisão territorial
baseada nos distritos e subdistritos de São Gabriel, conforme Divisão
Administrativa-Estruturação e Ordenamento do Território de São Gabriel, RS.
O município de São Gabriel possui cinco distritos e três
subdistritos enquanto, Santa Margarida do Sul foi considerada a integridade do
seu território.
O Plano Diretor de São Gabriel, Lei Complementar Nº 002/08,
de 2 de junho de 2008, em seu capítulo VI, Seção II do Programa de Preservação
Cultural da Zona Rural de São Gabriel, em seu Art.85 tem como objetivo o
reconhecimento e a preservação do Patrimônio Cultural da Zona Rural.
Propõe a realização de ações que promovam o
reconhecimento e a valorização da zona rural, como depositário privilegiado de
marcos históricos, especialmente relativos à disputa pela conquista e
preservação das fronteiras brasileiras e à disputa entre Portugal e Espanha
pelo continente americano.
Não esquecendo a identificação, divulgação e qualificação
das tradições sazonais e permanentes da zona rural do Município, com especial
atenção para a Semana Farroupilha, percurso dos carreteiros, locais onde se desenrolaram
batalhas, sedes das antigas estâncias, ritos religiosos e políticos e às
diferentes fases do desenvolvimento econômico, cultural e social do município.
O Plano Diretor também cita o Patrimônio Cultural na Zona
Rural do Município, onde constam cenários históricos como os locais das
Batalhas de Azevedo Sodré, do Caiboaté e do Cerro do Ouro e destaca três
estâncias, Batovi, do Meio e Inhatium.
TURISMO RURAL
A possibilidade da implantação de Turismo Rural proposta
pelo Plano Diretor determinou uma Rota Histórica Cultural. E o município tem
muita história para ser contada e mostrada.
Por exemplo: episódios da Revolução Farroupilha, batalhas
como a do Caiboaté e do Cerro do Ouro, as visitas da Corte portuguesa por
algumas vezes e os vultos da história local e nacional que nasceram nas
propriedades pastoris.
O Plano Diretor mostra nove locais com potencialidades
turísticas, no município de São Gabriel. 1 - As paredes de pedras no Corredor
do Suspiro; 2 - Monumento da Batalha do Cerro do Ouro; 3 - Cota do Batovi 2º
Distrito e Estância do Batovi; 4 - Tapera do Félix; 5 - Passo usado por Felix
de Azzara; 6 - Estância do Meio; 7 - Passo de São Borja; 8 - Estância da Boa
Vista e, 9 - Sitio Arqueológico.
As estâncias históricas e antigas de São Gabriel são bens
materiais, sujeitos a deterioração, ao abandono e a venda, subordinados apenas
as medidas preventivas dos proprietários, não havendo qualquer interesse pelo
poder público em documentá-las, inventariá-las e fazer constar no seu acervo de
patrimônio local.
As estâncias a partir da exploração pastoril passaram a
definir a posse das áreas de conflito no estado, a posse do gado e a
estabelecer as relações capitalistas com o assalariamento de capatazes e peões.
A pecuária era um fator que determinava a posse da terra,
ou seja, quanto mais cabeças de gado, mais terras poderiam ser ocupadas,
garantindo a posse do território.
No final do século XVIII, com a criação das primeiras
charqueadas no RS, a importância do gado aumentou ainda mais. A partir de
então, o gado se constituiu na base da economia gaúcha, o grande responsável
pela apropriação da terra.
TRABALHO E RENDA
Espera-se com o Turismo Rural geração de novas
oportunidades de trabalho e renda; incorporação da mulher ao trabalho
remunerado; agregação de valor ao produto primário; diminuição do êxodo rural;
e, melhoria dos equipamentos, dos bens imóveis e das condições de vida das
famílias rurais.
No Turismo Rural comunitário os turistas são
recepcionados pelas famílias campesinas e usufruem da vida cotidiana,
conhecendo a cultura local e se utilizando dos equipamentos rurais simples,
para acomodação e lazer.
Por outro lado, o turismo no espaço rural tem como
principal produto as empresas rurais, onde os turistas são recebidos e
acompanhados pelos funcionários da empresa e acomodados em unidades hoteleiras.
Nestes hotéis-fazendas são oferecidos aos visitantes
demonstrações de algumas atividades rurais, como criatório animal, áreas de
cultivo e atividades não rurais de lazer, como jogos, pescarias, passeios de
barcos e curtas caminhadas monitoradas.
As fazendas históricas e antigas poderiam ser exploradas
como rotas culturais e, eventualmente, desenvolver turismo de viés rural. Para
tanto há a necessidade de inventários e, principalmente, detectar a percepção
dos proprietários sobre a possibilidade de exploração
com cunho econômico.
Levantamento realizado dá conta que além das Estâncias
mencionadas, de mais 96 propriedades rurais históricas e antigas no município
de São Gabriel e 10 no município de Santa Margarida do Sul.
As estâncias ditas antigas seriam as construídas antes de
1930, enquanto as históricas foram assim denominadas pelo fato de terem
recebido vultos históricos, ou ainda que pertenceram a
personagens do município ou palco de fatos da história.
Também, não podem ser esquecidas as estâncias
tradicionais, que representam construções mais recentes, mas seguem a tradição
da arquitetura colonial portuguesa desenvolvendo atividades Agropastoris. Além
das lendárias, que são aquelas que mesmo antigas e/ou históricas são povoadas
de lendas e crenças.
O reduzido número de propriedades rurais na sede do
município deve-se ao fato que a fundação de São Gabriel iniciou no Batovi,
posteriormente tendo a vila queimada e onde se situavam as maiores extensões de
terras e a presença de estâncias.
A sede foi a terceira São Gabriel, elevada a cidade em
1859 e, possivelmente deveu-se ao processo de urbanização que se instalava à
época o afastamento das propriedades rurais, que tinham a necessidade de
extensas áreas para as atividades pastoris.
ESTÃNCIAS EM SÃO GABRIEL
Estâncias no Distrito de Vacacaí: totalizam oito, quatro
antigas, três Históricas e uma tradicional. Dentre as particularidades
observa-se a presença de banheiras circulares para gado, cercas de pedras e
pisos de pranchões de madeira.
Dentre as oito estâncias, a Santa Marta sobressai por ter
sido a sede da primeira charqueada do município, a do Vacacaí, em 1885, ano que
coincide com a chegada da estrada de ferro, e o destaque é um túmulo de pedras
de cantaria que se alcança por uma escadaria.
Em relação as charqueadas, o município apresentou a
partir da Estância Santa Marta mais cinco charqueadas, a saber Santa Brígida,
de Azevedo Sodré, Boa Ventura Ferreira da Silva e Cia e Tiarajú que entraram em
decadência com o advento dos frigoríficos, a partir de 1910.
A Estância Campestre apresenta a sede em arquitetura
alemã com telhados enfeitados com guirlandas (lambrequins) afastando-se do
tradicional estilo português colonial. A ênfase do empreendimento é que possuía
cédulas próprias equivalentes a um câmbio paralelo.
A época também se destacava pela presença de um banheiro
para animais de nado circular. Foi toda reformada e manteve sua originalidade.
A Estância do Céu, ocupada durante a Revolução de 23, no
ano de 2000 foi o primeiro local de invasões no município pelos movimentos
sociais, e a partir de 2005 passou a constituir um assentamento do Incra. É
conhecida como o local da “Conquista do Caiboaté”.
Possui sete antigas, seis históricas, duas tradicionais,
duas lendárias e 16 particulares. Todas elas desenvolvem atividades
agropecuárias.
Neste distrito encontram-se as estâncias mais antigas do
município, como a Estância do Batovi, construída em 1687, local onde já existia
uma povoação jesuítica pelo Visconde de São Gabriel e notabilizou-se pela
criação de gado.
Esta propriedade ostenta uma capela que sempre estava
presente nas propriedades mais abastadas, eventualmente isoladas do corpo da casa
como é o caso da Estância do Batovi.
Algumas foram palco dos combates da Revolução
Farroupilha, a exemplo da Estância do Meio que pertencia ao Barão de São
Gabriel e já existia antes de São Gabriel ser elevada a vila, pois foi
construída em 1832.
A Estância Boa Vista de propriedade do Barão de São
Gabriel e a Estância Santa Clara que pertenceu ao maior laçador e peleador do
Rio Grande do Sul, Manuel Bento Pereira (Maneco Pereira), “o homem que laçava
com o pé”.
Somado ao Distrito de Tiarajú este é o Subdistrito que
ostenta o segundo lugar em termos de número de estâncias no município, com
ênfase as antigas, históricas e lendárias, como a Estância das Paredes, povoada
de lendas e superstições a respeito de dinheiro enterrado, assombrações, entre
outras.
Estâncias no Distrito de Suspiro. São 12 antigas, uma
histórica e uma tradicional, todas particulares. Desenvolvem atividades
agropecuárias. Uma está abandonada.
Neste Distrito outras estâncias merecem destaque, a
exemplo da Estância do Suspiro que hoje apresenta somente os alicerces, sendo
sua área utilizada com povoamentos de eucaliptos.
A Estância da Vigia situa-se em um dos pontos mais altos
ao longo do Rio Vacacaí, e servia de observação durante a Revolução
Farroupilha.
Elementos como o moinho para trigo e milho movido a água,
e a existência de lençóis com água alcalina localizados pelo Ministério de
Minas e Energia, caracterizam a Estância do Sobrado, enquanto as extensões de
cercas de pedra são encontradas nas Estâncias do Cerro
e de Jaguari.
Esta última propriedade, mesmo reduzida a sete quadra de
sesmarias se constitui em uma das ultimas grandes propriedades da região
Estâncias no Subdistrito de Cerro do Ouro, uma antiga e
duas lendárias. Uma está abandonada e a particular desenvolve a pecuária.
Estas três propriedades possuem suas particularidades
como a Estância ou “Castelo” do Panorama que pertenceu ao general Ptolomeu
Assis Brasil, grande pesquisador e geógrafo.
Tida como um local assombrado a mesma encontra-se
abandonada, pois reza a lenda que a praga de uma escrava fez com nenhum
proprietário se fixasse no local.
A Estância Cerro do Ouro recebeu esta denominação devido
a presença de pepitas de ouro e as formações rochosas presentes no local (Cerro
da Cuenca).
Um fato que também a notabiliza foi a instalação de água
encanada e energia elétrica, através de um catavento importado dos Estados
Unidos.
A Estância do Tarumã era uma das maiores da região.
Localiza-se na localidade de Von Bock. Hoje são apenas ruínas de uma
propriedade que passou por diversos donos, e que apresenta uma paisagem com
enormes figueiras e carrega uma serie de lendas.
Estâncias no Subdistrito de Catuçaba. São cinco antigas,
todas particulares e desenvolvem atividades agropecuárias.
A Estância do Boqueirão foi a primeira a fazer parceria
com 26 famílias de empregados que tinham direito a plantações de subsistência.
Este fato mostra que fazendeiros e peões fraternizavam na
labuta do campo, ocorrendo aproximação de classes, devido a quase ausência da
escravidão.
A Estância São Expedito deu pouso ao governador do
estado, Borges de Medeiros e a Posto Queimado, sempre foi ponto de encontro de
políticos, mantendo sua arquitetura original. A Estância Nova Era distingue-se
das demais construções por apresentar estilo inglês, em plena paisagem do
“Pampa”.
Contando com paredes de 0,30m de largura feitas de
torrões a Estância Canto do Galo mantem suas características desde 1857.
Estâncias no Distrito de Tiarajú. Somam 18, 11 antigas,
quatro históricas, três tradicionais, todas particulares e desenvolvem
atividades agropecuárias.
A Estância da Caieira sediou a capital da Republica
Riograndense (1841), bem como recepcionou Dom Pedro II e organizou uma festa
campeira sendo considerada a primeira festa tradicional do Rio Grande do Sul,
assim como a do Pau Fincado recepcionou o monarca.
Hoje, estas propriedades deixaram de existir, sendo
considerado mais de 200 anos de sua fundação, dando lugar as plantações de
eucaliptos.
O Barão de Candiota (Luiz Gonçalves das Chagas) mantinha
também as propriedades Santa Lorena, Espinilho e a Mascarenhas.
A Estância Santa Fé apresenta arquitetura com linhas de
influência germânica. Possuia quadra de tênis e pista de aviões, quando ocorreu
um acidente (1960). As ruínas da olaria abasteciam a Cidade, sendo considerados
os pioneiros na motomecanização da cultura do arroz.
Estâncias no Distrito de Azevedo Sodré. Somam 16, 13
antigas, duas históricas e uma tradicional, todas particulares e desenvolvem
atividades agropecuárias.
A Estância Inhatium ostenta arquitetura colônia
portuguesa, com influência mineira. Também recebeu a visita de Dom Pedro II,
quando condecorou os proprietários, senhor e senhora Borges Fortes, com os
títulos de Comendador da Ordem Brasileira de Cristo e da Rosa e Dama do Paço,
respectivamente.
A Estância Estrela pertenceu a Tunuca Silveira,
intendente de São Gabriel. Na Estância São Filipinho aconteceu o Combate de
mesmo nome em 1840 e hoje não existe mais.
A Estância Velha ostenta as paredes externas de pedra e
as internas de pau-a-pique com reboco. Pertencente a Baronesa de Batovi
(enterrada no cemitério da estância) é considerada uma das mais lendárias do
município, pois foi encontrado um tacho com moedas de ouro entre duas
figueiras.
ESTÂNCIAS EM SANTA MARGARIDA DO SUL
Estâncias no município de Santa Margarida do Sul. São 12,
sete antigas, quatro históricas e uma tradicional, todas particulares, que
desenvolvem atividades agropecuárias.
O site oficial do atual município de Santa Margarida do
Sul enfatiza as duas estâncias históricas como a do Sobrado, também conhecida
como o "Sobrado da Cambaí", a Estância do Capão (históricas) e a
Estância da Figueira (antiga).
Consta que o monarca D. Pedro II foi recebido em duas
ocasiões na Estância do Sobrado e da Figueira (considerada uma das primeiras
estâncias gaúchas) concedendo ao seu proprietário, por serviços prestados na
Guerra do Paraguai o título de Barão de Cambaí.
Na mesma oportunidade na Estância Vista Clara, escravos
foram presentados à corte para participar do Exército Imperial.
Um dos pontos mais conhecidos é a Estância do Capão
construída em 1866, pelo Barão do Cambaí. No local encontra-se a Tapera da
Genoveva, que são ruínas da casa onde nasceu Plácido de Castro (Libertador do
Acre). No local existe um monumento que é mais visitado pelo povo acreano. do
que pela população local.
A vocação agropastoril do município de São Gabriel/RS
induz a necessidade do resgaste dos bens localizados no meio rural e que foram
protagonistas de fatos históricos e culturais.
Os distritos de São Gabriel apresentam uma riqueza de
construções que passaram de geração a geração, e que foram palco de grandes
eventos históricos e que continuam no imaginário popular através de lendas e
crenças. (Pesquisa: Nilo Dias – Publicado no jornal “O Fato”, de São Gabriiel,
edição de 6 de novembro de 2019))
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