sexta-feira, 3 de janeiro de 2020

O padre que lutou na “Guerra dos Farrapos”

Nem sempre é possível contar fatos da “Guerra dos Farrapos” que tenham ocorrido somente em São Gabriel. O conflito foi grande, durou 10 anos e envolveu boa parte do Rio Grande do Sul.

E passados quase 190 anos do seu fim, ainda hoje é possível se deparar com acontecimentos que são desconhecidos da maioria das pessoas.

É o caso de John Griggs, apelidado de “João Grande”, um mercenário norte-americano de origem irlandesa que participou da “Revolução Farroupilha”, contratado pelos revoltosos. E acabou por ser um grande herói que merecia ser mais relembrado e celebrado.

Sabidamente, São Gabriel, embora tenha sido capital farroupilha, não costuma homenagear com nome de ruas os heróis do decênio em guerra. Na Semana Farroupilha é que todos são lembrados.

Giggs aportou na cidade de Rio Grande como imediato no brigue norte-americano “Toucan” no início da “Revolução Farroupilha”. Como caiu nas graças do capitão, este lhe ensinou todos os macetes da navegação.

O que se sabia de real sobre Griggs, era que descendia de uma família com posses. Seu pai se destacava como um excelente construtor de barcos de pequeno porte muito velozes, que podiam passar por águas bastante rasas. E John aprendera o oficio.

Quando chegou ao Brasil John já era padre. Foi ordenado em um Seminário de Memphis. Estudara muitos anos para isso. Sua ordenação aconteceu em Rosedale, onde seus pais ainda moravam.

Um dia, depois de alguns problemas em razão de aventuras amorosas – foram várias em sua vida e alguns filhos, foi preso, acusado de assassinato, o que não passou de invenção de um marido traído. Em vista disso, tornou-se marinheiro e saiu do país, até chegar ao Brasil.

CONHECENDO A HISTÓRIA

Eu fiquei sabendo da sua existência através do livro "Garibaldi e a Guerra dos Farrapos", de Lindolfo Collor, que achei na Internet e não tive dúvidas em comprar.

E também do livro “A morte de João Grande – O padre que lutou na Guerra dos Farrapos”, que também comprei.

Nas fotografias que ilustram esta matéria, está a capa do livro “A Morte de João Grande”, que mistura ficção e realidade, abordando fatos, eventos e personagens que realmente aconteceram e existiram, mas utilizando diálogos entre os personagens que são criações do autor.

O personagem que dá nome ao livro, John Griggs, era conhecido por “João Grande”, devido, à sua avantajada estatura e corpulência, e possuidor de força hercúlea.

Quando seu navio se encontrava ancorado no Rio de Janeiro teve notícia de uma Guerra Civil que se desenrolava no sul do país, mas já no fim. Diziam que o principal chefe e cabeça, Bento Gonçalves, derrotado em batalha campal, estava preso.

Já em Rio Grande, enquanto esperava que o navio sofresse reparos necessários, Griggs foi diversas vezes à terra conversar e bebericar nos bares do porto. Certo dia, andando pelas ruas da cidade, ouviu gritos e palavrões em inglês.

APANHANDO DA POLÍCIA

Correu ao local de onde partiam as imprecações, o "Bar Serrano", e se deparou com uma briga entre marinheiros dos navios "Andes" e "Cape Cod". Mandou seus marujos embora, mas nem todos foram.

Chegaram soldados da polícia e de espada começaram a bater em quem estivesse por perto. Griggs mesmo ferindo vários soldados, foi dominado e jogado no meio da rua.

Passava pelo local um verdureiro com sua carroça, parou e examinou o ferido. O coração batia. Estava vivo. Colocou-o na viatura e seguiu para casa na vila do Povo Novo.

Lá, Jucá, o verdureiro, com sua família cuidaram do ferido. De manhã o verdureiro disse que precisava tirá-lo de sua casa, porque a Policia poderia vir a sua procura.

Jucá partiu com Griggs dentro da carroça, antes do clarear do dia. Ainda de madrugada, encontraram cavalarianos da República Riograndense fazendo o patrulhamento da região.

Patrício, você teve sorte! Os imperiais andam batendo as estradas à procura de seu amigo João. Tivemos que dar uma corrida nos soldados que vinham para cá. Jucá Soares entregou o ferido aos cuidados da Santa Casa de Misericórdia de Pelotas.

Ao deixar o hospital, Griggs soube que o Governo da República queria criar um Estaleiro agora e depois uma frota. A guerra ainda deveria durar alguns anos.

CONTRATADO PELA REVOLUÇAO

John Griggs acabou contratado para construir navios para a “República Riograndense”. Receberia o título de “Mestre dos Estaleiros Oficiais”, um "pró labore" adequado e todo o auxílio necessário para o fiel desempenho da missão.

Pediu o futuro Mestre, que uma parte do dinheiro a receber se destinasse a Jucá Soares, de Povo Novo, por tê-lo salvo da sanha policial.

Foi assim que Briggs conheceu as terras de campo e mato, do “Paço do Mendonça”, à foz do rio Camaquã, na “Lagoa dos Patos”, que foram do velho Gonçalves, pai de Bento que herdou a “Fazenda Cristal”.

Bento Gonçalves era filho de estancieiros ricos. O capitão Joaquim Gonçalves da Silva, seu pai, possuía terras na “Piedade”, em “Triunfo”, e no “Cristal”, cercanias do “Passo do Camaquã”. Já sua mãe, era neta de Jerônimo de Ornellas, dono da sesmaria sobre a qual surgira Porto Alegre.

Essas sesmarias englobavam toda a cidade: tinha a sesmaria do “Cristal”, “Sesmaria do Cordeiro” e outra, eram três. Depois, com a morte de Joaquim Gonçalves, Bento, Ana e Antônia dividiram as terras.

Suas irmãs Antônia e Ana herdaram as demais estâncias. A da “Barra”, para Antônia e a do “Brejo”, para Ana. E foi lá que se instalou o estaleiro nos galpões de uma velha charqueada.

Bento estava temporariamente preso no Forte de São Marcelo, na Bahia. Enquanto isso, “João Grande” assumira a chefia geral do Estaleiro, subordinado diretamente ao ministro Domingos José de Almeida, em Piratini, a capital, distante 30 léguas.

A CONSTRUÇÃO DOS BARCOS

Primeiro, ficou em Piratini por um mês, já com o apelido carinhoso de “João Grande”, por sua altura e caminhar desengonçado. Deslocou-se de carro para Camaquã onde se localizava a “Fazenda do Brejo”.

Seguiram com ele a cavalo, carpinteiros, serradores, uma carreta com longas serras, ferramentas diversas e correntes. Uma escolta comandada pelo sargento Adão Silveira protegia a caravana.

João prometera ao Ministro construir um barco e não iria embora antes da escuna estar navegando. E ainda tinha mais uma razão para ficar. Maria, filha de dona Ana. Tinha o nome da sua mãe, Mary. E Griggs estava gostando dela.

Mas sabia que era um amor impossível. Às últimas permissões para casamento de padres remontavam a Pio VII, e foram dadas somente aos que serviram compulsoriamente aos exércitos que combatiam contra, ou a favor de Napoleão.

Ninguém sabia que em suas andanças pelo Rio Grande já matara alguns bandidos. Depois não conseguia dormir direito, lembrando às ocorrências.

Sentia, depois do fato, um gosto amargo na boca e câimbras no estômago. O que fizera não tinha mais remédio, estava feito e acabado. Fazia poucos anos dedicava-se à cura de almas e agora mandava-as ao Diabo.

“João Grande” não esqueceu que era um sacerdote e que devia estar ao serviço de Deus. No fundo ainda era um padre, educado anos a fio no Seminário de Memphis.

BENTO GONÇALVES

O líder do movimento farroupilha era o estancieiro Bento Gonçalves. Conseguira fugir do presídio onde estava preso, o “Forte Marítimo de São Marcelo”, na província da Bahia, Bento Gonçalves chegou à Laguna e daí por terra, entrou no torrão natal.

Ao chegar na estância da sua irmã Ana, participou de uma reunião com Garibaldi e os oficiais, quando ouviu detalhes de um plano que visava conseguir um porto de mar para a República.
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O porto que parecia mais acessível era o de Laguna. Numa ação conjunta com o Exército a Marinha farroupilha teria fortes possibilidades de conquistá-lo.

Bento ficou apenas dois dias em casa de Ana, seguindo depois para a “Fazenda do Cristal”, que era dele. E de lá para a de dona Antônia, sua outra irmã, que também morava na margem do rio Camaquã.

Com a aprovação de Bento, era preciso apressar a construção dos barcos. Garibaldi sentiu logo que com os recursos que tinha isso seria muito demorado. Conseguiu que o governo enviasse alguém à Montevidéu para buscar ajuda.

De lá veio Carniglia, carpinteiro naval com equipe de mestres e operários. De Montevidéu vieram também alguns marinheiros que somados a outros tantos das redondezas formaram uma tripulação heterogênea de 70 homens ao todo. E para completar veio Garibaldi, um experiente mercenário italiano.

Com esse auxílio extra em pouco mais de dois meses conseguiram construir dois lanchões. Ao maior de 18 toneladas deram o nome de “Farroupilha”, cujo comando seria de Garibaldi. O segundo, de 12 toneladas era o “Seival”, a ser comandado por John Griggs.

TORNOU-SE UM FARROUPILHA

Concluído o trabalho, “Joao Grande” recebeu uma carta que lhe fora enviada por Domingos de Almeida, que o desobrigava de qualquer compromisso com a República, mesmo sentimental.

Se desejasse permanecer no Rio Grande, ofereciam-lhe a cidadania e a patente de oficial, tenente, com todos os direitos e prerrogativas. Seria de novo marinheiro, timoneiro, piloto, imediato e comandante de navio.

Griggs tinha que decidir se entraria, ou não na “Marinha Republicana” e na “Guerra dos Farrapos”. Há bastante tempo refletia sobre o assunto. A Igreja Católica proibia a seus padres inscreverem-se voluntariamente como combatentes das Forças Armadas.

E se alistou. Já havia morto dois imperiais na “Charqueada Velha”. Fez isso porque de fato, ainda que não de direito, já pertencia à tropa republicana. Era um farroupilha. Estava no fandango e não sairia dele.

Na primeira semana de maio os barcos foram lançados e durante nove dias andaram pela lagoa à procura de presas. Nas alturas de “Cristóvão Pereira” encontraram a sumaca “Mineira” e o patacho “Novo Acordo”. Após um único tiro abordaram a “Mineira” mas o “Novo Acordo” conseguiu fugir.

A presa foi encalhada e sua carga dividida. Em resposta a esse ataque o governo federal mandou para a Lagoa, sob o comando do inglês almirante Grenfell quatro navios de guerra.

BATALHAS NAVAIS

Esta guerrilha náutica terminou quando o “Governo Farroupilha” resolveu atacar Laguna usando esta pequena frota como apoio. O governo imperial preocupado com os acontecimentos nas águas internas resolveu destruir os estaleiros no delta do Camaquã, retomar o forte de Itapuã e o do Junco.

Contando com uma frota numerosa foi fácil retomar esses redutos. Mas não conseguiram capturar Garibaldi que, conhecendo bem a lagoa, se escondeu dentro do “Arroio Capivari”, acima da lagoa do mesmo nome a duas milhas da sua foz.

Camuflaram os mastros com a vegetação abundante das margens e começaram a executar o que estava planejado, construir duas carretas para os barcos e leva-los até Tramandaí.

Enquanto o general Canabarro requisitava na região, em segredo, 200 bois de canga, Garibaldi reuniu o material necessário, principalmente cordoalha e madeirame de embarcações apreendidas.

As margens do arroio foram aplainadas e os eixos e rodas submergidos sob os cascos para montarem o que seria uma carreta.

Levaram dois dias nessa tarefa, quando acharam que estava tudo pronto atrelaram 16 juntas de boi e tentaram começar a viajada. Não deu certo e quase virou o barco. Finalmente no dia 5 de setembro de 1839 conseguiram tirar os barcos d’água e começar o transporte por terra.

A viagem por terra na distância de 54 milhas até a “Lagoa Tomás José” durou seis dias. Lá chegados tiveram que preparar o terreno para recolocarem os barcos na água.

Três dias após chegarem a Tramandai as âncoras foram içadas e os barcos entraram no mar. A alegria de estar velejando no mar durou pouco, pois entrou um pampeiro que acabou fazendo o “Farroupilha” ir a pique próximo a Araranguá.

Quando Garibaldi conseguiu chegar na praia, perto da Pedra do Campo Bom, contou sua tripulação e viu que tinha perdido 16 marujos dentre eles dois de seus companheiros de infância e de aventuras, Carniglia e Matru.

O “Seival” com John Griggs no comando, conseguiu se safar e continuou velejando. Resolveram entrar em Laguna pela pequena barra do “Camacho”.

Com o auxilio de um prático local o barco seguiu, com Garibaldi também a bordo pelo tortuoso arroio até chegar a Laguna. Os imperiais mantinham no morro da Glória sentinelas permanentes instruídos para controlarem a barra em direção ao mar.

PRENÚNCIO DA MORTE

Em Laguna, John estava prevendo algo de ruim. Na noite anterior nem conseguiu dormir, rolou nos lençóis. Sentia no ar cheiro de tragédia.

Ao clarear do dia foi à igreja, preparar-se para o pior. Ajoelhou-se no último banco e rezou com um fervor que há muito não sentia. "Senhor, creio que estás presente neste Sacrário e que me ouves. Acho que dentro de poucos dias chegarei à “Tua Presença” levando apenas os meus pecados. Ajuda-me a arrepender-me deles, para que eu possa ver a “Tua Face”.

Quando o padre Araújo entrou no confessionário, Griggs ajoelhou-se e disse: “Sou sacerdote. Abandonei a batina e a paróquia muito longe daqui. Julgo estar arrependido de meus pecados e peço que me dê em nome de Deus a absolvição deles. Há cinco, quase seis anos que não me confesso.”

“João Grande” confessou, entre outras coisas, às relações pecaminosas com Margot, Isabel, Margarida e outras, o adultério com Lucila e o escândalo consequente e as dúvidas que sentia se de fato o último recurso para não morrer, fora matar.

Terminou dizendo: “Creio, padre, que estou bem próximo da morte e me recomendo.” E assim voltou a sua atividade a frente do “Seival”.

O COMEÇO DO FIM

A flotilha imperial era composta dos vasos de guerra “Imperial Catarinense”, “Sant’Anna” e “Lagunense”, de dois lanchões e mais a escuna “Itaparica” e o brigue “Cometa”.

As tropas farroupilhas atacaram por dois lados e de repente surgiu o “Seival” na boca do rio Tubarão e atacou a nave imperial “Sant’Anna”. Instalou-se o pânico nas fileiras imperiais.

José de Jesus, comandante da “Imperial Catarinense” sentindo a derrota próxima mandou incendiar seu barco causando ainda mais confusão.

Dois dias depois os farroupilhas tomavam de vez a vila. O governo imperial ciente de que não deveria deixar os revolucionários saírem da barra de Laguna postou em sua entrada o patacho “Desterro”, fortemente armado.

Garibaldi mandou uma lancha sair rumo sul e o “Desterro” saiu em perseguição, dando-se conta tarde demais que tinha sido enganado.

O “Seival”, agora com Anna Maria de Jesus Ribeiro a bordo, depois conhecida como Anita Garibaldi, mais os barcos “Caçapava” e “Rio Pardo” (provavelmente a “Itaparica” rebatizada) aproveitaram a oportunidade e saíram barra a fora, navegando toda a noite para se afastarem bem da costa.

Para o governo imperial encontrar os piratas ficou sendo uma questão de honra.

Durante a noite um barco da Marinha ficou ao largo retornando a perseguição ao amanhecer. Por sorte uma forte rajada de vento rasgou algumas velas da corveta que teve que voltar para Santos.

No amanhecer do dia dois de novembro navegando numa boa empopada, próximo à ilha de Santa Catarina, encontraram o patacho inimigo “Andorinha” armado com sete canhões.

O “Rio Pardo” tinha apenas um. Garibaldi atacou enquanto os outros barcos iam para Imbituba. Trocaram tiros, com muitas viradas de bordo, durante duas horas, mas com aquele vento forte, a pontaria não era boa havendo poucos estragos.

De manhã foram atacados pelos imperiais em três barcos, o brigue “Andorinha”, o patacho “Patagônia” e a escuna “Bela Americana”. Não se sabe por que motivo os imperiais abandonaram o ataque no dia seguinte.

Aproveitando Garibaldi despachou os feridos por terra saindo de noite e só sendo descoberto depois que já havia entrado em Laguna.

Os imperiais resolveram atacar com tudo o que tinham, por terra e por mar. Em 15 de novembro o almirante Mariath bloqueou a barra com nada menos que 13 embarcações diversas que tirando vantagem da maré e do vento se colocaram em boa posição disparando canhões e fuzis à vontade.

Garibaldi mandou Anita pedir reforços para Canabarro com ordem de lá permanecer. Pouco depois voltou Anita em pé no bote com dois remadores assumindo pessoalmente o transporte dos feridos e da munição. Fez ao todo 12 viagens.

A MORTE DE “JOÃO GRANDE”

Três horas depois terminou a batalha. Os republicanos tinham perdido 69 homens inclusive todos os oficiais. Os barcos republicanos foram quase todos queimados e o “Seival” abordado pela “Bela Americana”, porém sem encontrar ninguém à bordo.

Griggs estava no “Caçapava” que fora arrasado pelos canhões inimigos. Levantou os braços para o céu e iniciou a prece das horas solenes, "Accipe, adhuc, me Domine... "Recebe-me, agora Senhor..." Um clarão deslumbrante e um tremendo estrondo de oito canhões disparando ao mesmo tempo cortou-lhe a frase no meio.

O abdômen, as pernas, com metade do varapau de “João Grande” se esparramaram sobre a coberta da escuna. O busto, com a outra metade da borduna na mão, foi colocada por Ruy Azambuja, seu piloto fiel, sobre a amurada, antes de abandonar o navio.

Ao chegar a bordo do "Caçapava" indefeso e ainda bombardeado pelos canhões imperiais, Garibaldi viu o busto ereto, o impávido rosto corado e os olhos abertos de seu amigo John Griggs, como se vivo fosse.

Na pira ardente do navio que com bravura comandara, consumiu-se o corpo de “João Grande”. E as cinzas se espalharam pela Laguna. Era o dia 15 de novembro de 1839.

No dia 22 de novembro o padre Francisco de Araújo rezou na igreja paroquial “Missa Solene de Réquiem” pelos mortos na “Batalha Naval de Laguna”.

O “Seival” foi encalhado e mais tarde posto a flutuar transformado em iate mercante com o nome de “Garrafão”.

Navegou muitos anos como mercante, acabando seus dias encalhado em uma praia em Laguna. Em 1916, quando ia ser restaurado por historiadores italianos foi queimado.

Em 1945 foi encontrada uma figueira nos restos da quilha do “Seival”, a qual foi transplantada para uma praça ficando conhecida como “Árvore de Anita”. (Pesquisa: Nilo Dias - Publicado no jornal "O Fato", de São Gabriel-RS, edição de 29 de dezembro de 2019)



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