E
passados quase 190 anos do seu fim, ainda hoje é possível se deparar com
acontecimentos que são desconhecidos da maioria das pessoas.
É o caso
de John Griggs, apelidado de “João Grande”, um mercenário norte-americano de
origem irlandesa que participou da “Revolução Farroupilha”, contratado pelos
revoltosos. E acabou por ser um grande herói que merecia ser mais relembrado e
celebrado.
Sabidamente,
São Gabriel, embora tenha sido capital farroupilha, não costuma homenagear com
nome de ruas os heróis do decênio em guerra. Na Semana Farroupilha é que todos
são lembrados.
Giggs
aportou na cidade de Rio Grande como imediato no brigue norte-americano
“Toucan” no início da “Revolução Farroupilha”. Como caiu nas graças do capitão,
este lhe ensinou todos os macetes da navegação.
O que se
sabia de real sobre Griggs, era que descendia de uma família com posses. Seu
pai se destacava como um excelente construtor de barcos de pequeno porte muito
velozes, que podiam passar por águas bastante rasas. E John aprendera o oficio.
Quando
chegou ao Brasil John já era padre. Foi ordenado em um Seminário de Memphis.
Estudara muitos anos para isso. Sua ordenação aconteceu em Rosedale, onde seus
pais ainda moravam.
Um dia,
depois de alguns problemas em razão de aventuras amorosas – foram várias em sua
vida e alguns filhos, foi preso, acusado de assassinato, o que não passou de
invenção de um marido traído. Em vista disso, tornou-se marinheiro e saiu do
país, até chegar ao Brasil.
CONHECENDO
A HISTÓRIA
Eu
fiquei sabendo da sua existência através do livro "Garibaldi e a Guerra
dos Farrapos", de Lindolfo Collor, que achei na Internet e não tive
dúvidas em comprar.
E também
do livro “A morte de João Grande – O padre que lutou na Guerra dos Farrapos”,
que também comprei.
Nas
fotografias que ilustram esta matéria, está a capa do livro “A Morte de João
Grande”, que mistura ficção e realidade, abordando fatos, eventos e personagens
que realmente aconteceram e existiram, mas utilizando diálogos entre os
personagens que são criações do autor.
O
personagem que dá nome ao livro, John Griggs, era conhecido por “João Grande”,
devido, à sua avantajada estatura e corpulência, e possuidor de força hercúlea.
Quando
seu navio se encontrava ancorado no Rio de Janeiro teve notícia de uma Guerra
Civil que se desenrolava no sul do país, mas já no fim. Diziam que o principal
chefe e cabeça, Bento Gonçalves, derrotado em batalha campal, estava preso.
Já em
Rio Grande, enquanto esperava que o navio sofresse reparos necessários, Griggs
foi diversas vezes à terra conversar e bebericar nos bares do porto. Certo dia,
andando pelas ruas da cidade, ouviu gritos e palavrões em inglês.
APANHANDO
DA POLÍCIA
Correu
ao local de onde partiam as imprecações, o "Bar Serrano", e se
deparou com uma briga entre marinheiros dos navios "Andes" e
"Cape Cod". Mandou seus marujos embora, mas nem todos foram.
Chegaram
soldados da polícia e de espada começaram a bater em quem estivesse por perto.
Griggs mesmo ferindo vários soldados, foi dominado e jogado no meio da rua.
Passava
pelo local um verdureiro com sua carroça, parou e examinou o ferido. O coração
batia. Estava vivo. Colocou-o na viatura e seguiu para casa na vila do Povo
Novo.
Lá,
Jucá, o verdureiro, com sua família cuidaram do ferido. De manhã o verdureiro
disse que precisava tirá-lo de sua casa, porque a Policia poderia vir a sua
procura.
Jucá
partiu com Griggs dentro da carroça, antes do clarear do dia. Ainda de
madrugada, encontraram cavalarianos da República Riograndense fazendo o
patrulhamento da região.
Patrício,
você teve sorte! Os imperiais andam batendo as estradas à procura de seu amigo
João. Tivemos que dar uma corrida nos soldados que vinham para cá. Jucá Soares
entregou o ferido aos cuidados da Santa Casa de Misericórdia de Pelotas.
Ao
deixar o hospital, Griggs soube que o Governo da República queria criar um
Estaleiro agora e depois uma frota. A guerra ainda deveria durar alguns anos.
CONTRATADO
PELA REVOLUÇAO
John
Griggs acabou contratado para construir navios para a “República Riograndense”.
Receberia o título de “Mestre dos Estaleiros Oficiais”, um "pró
labore" adequado e todo o auxílio necessário para o fiel desempenho da
missão.
Pediu o
futuro Mestre, que uma parte do dinheiro a receber se destinasse a Jucá Soares,
de Povo Novo, por tê-lo salvo da sanha policial.
Foi
assim que Briggs conheceu as terras de campo e mato, do “Paço do Mendonça”, à
foz do rio Camaquã, na “Lagoa dos Patos”, que foram do velho Gonçalves, pai de
Bento que herdou a “Fazenda Cristal”.
Bento
Gonçalves era filho de estancieiros ricos. O capitão Joaquim Gonçalves da
Silva, seu pai, possuía terras na “Piedade”, em “Triunfo”, e no “Cristal”,
cercanias do “Passo do Camaquã”. Já sua mãe, era neta de Jerônimo de Ornellas,
dono da sesmaria sobre a qual surgira Porto Alegre.
Essas
sesmarias englobavam toda a cidade: tinha a sesmaria do “Cristal”, “Sesmaria do
Cordeiro” e outra, eram três. Depois, com a morte de Joaquim Gonçalves, Bento,
Ana e Antônia dividiram as terras.
Suas
irmãs Antônia e Ana herdaram as demais estâncias. A da “Barra”, para Antônia e
a do “Brejo”, para Ana. E foi lá que se instalou o estaleiro nos galpões de uma
velha charqueada.
Bento
estava temporariamente preso no Forte de São Marcelo, na Bahia. Enquanto isso,
“João Grande” assumira a chefia geral do Estaleiro, subordinado diretamente ao
ministro Domingos José de Almeida, em Piratini, a capital, distante 30 léguas.
A
CONSTRUÇÃO DOS BARCOS
Primeiro,
ficou em Piratini por um mês, já com o apelido carinhoso de “João Grande”, por
sua altura e caminhar desengonçado. Deslocou-se de carro para Camaquã onde se
localizava a “Fazenda do Brejo”.
Seguiram
com ele a cavalo, carpinteiros, serradores, uma carreta com longas serras,
ferramentas diversas e correntes. Uma escolta comandada pelo sargento Adão
Silveira protegia a caravana.
João
prometera ao Ministro construir um barco e não iria embora antes da escuna
estar navegando. E ainda tinha mais uma razão para ficar. Maria, filha de dona
Ana. Tinha o nome da sua mãe, Mary. E Griggs estava gostando dela.
Mas sabia
que era um amor impossível. Às últimas permissões para casamento de padres
remontavam a Pio VII, e foram dadas somente aos que serviram compulsoriamente
aos exércitos que combatiam contra, ou a favor de Napoleão.
Ninguém
sabia que em suas andanças pelo Rio Grande já matara alguns bandidos. Depois
não conseguia dormir direito, lembrando às ocorrências.
Sentia,
depois do fato, um gosto amargo na boca e câimbras no estômago. O que fizera
não tinha mais remédio, estava feito e acabado. Fazia poucos anos dedicava-se à
cura de almas e agora mandava-as ao Diabo.
“João
Grande” não esqueceu que era um sacerdote e que devia estar ao serviço de Deus.
No fundo ainda era um padre, educado anos a fio no Seminário de Memphis.
BENTO
GONÇALVES
O líder
do movimento farroupilha era o estancieiro Bento Gonçalves. Conseguira fugir do
presídio onde estava preso, o “Forte Marítimo de São Marcelo”, na província da
Bahia, Bento Gonçalves chegou à Laguna e daí por terra, entrou no torrão natal.
Ao
chegar na estância da sua irmã Ana, participou de uma reunião com Garibaldi e
os oficiais, quando ouviu detalhes de um plano que visava conseguir um porto de
mar para a República.
.
O porto
que parecia mais acessível era o de Laguna. Numa ação conjunta com o Exército a
Marinha farroupilha teria fortes possibilidades de conquistá-lo.
Bento
ficou apenas dois dias em casa de Ana, seguindo depois para a “Fazenda do
Cristal”, que era dele. E de lá para a de dona Antônia, sua outra irmã, que
também morava na margem do rio Camaquã.
Com a
aprovação de Bento, era preciso apressar a construção dos barcos. Garibaldi
sentiu logo que com os recursos que tinha isso seria muito demorado. Conseguiu
que o governo enviasse alguém à Montevidéu para buscar ajuda.
De lá
veio Carniglia, carpinteiro naval com equipe de mestres e operários. De
Montevidéu vieram também alguns marinheiros que somados a outros tantos das
redondezas formaram uma tripulação heterogênea de 70 homens ao todo. E para
completar veio Garibaldi, um experiente mercenário italiano.
Com esse
auxílio extra em pouco mais de dois meses conseguiram construir dois lanchões.
Ao maior de 18 toneladas deram o nome de “Farroupilha”, cujo comando seria de
Garibaldi. O segundo, de 12 toneladas era o “Seival”, a ser comandado por John
Griggs.
TORNOU-SE
UM FARROUPILHA
Concluído
o trabalho, “Joao Grande” recebeu uma carta que lhe fora enviada por Domingos
de Almeida, que o desobrigava de qualquer compromisso com a República, mesmo
sentimental.
Se
desejasse permanecer no Rio Grande, ofereciam-lhe a cidadania e a patente de
oficial, tenente, com todos os direitos e prerrogativas. Seria de novo
marinheiro, timoneiro, piloto, imediato e comandante de navio.
Griggs
tinha que decidir se entraria, ou não na “Marinha Republicana” e na “Guerra dos
Farrapos”. Há bastante tempo refletia sobre o assunto. A Igreja Católica
proibia a seus padres inscreverem-se voluntariamente como combatentes das
Forças Armadas.
E se
alistou. Já havia morto dois imperiais na “Charqueada Velha”. Fez isso porque
de fato, ainda que não de direito, já pertencia à tropa republicana. Era um
farroupilha. Estava no fandango e não sairia dele.
Na
primeira semana de maio os barcos foram lançados e durante nove dias andaram
pela lagoa à procura de presas. Nas alturas de “Cristóvão Pereira” encontraram
a sumaca “Mineira” e o patacho “Novo Acordo”. Após um único tiro abordaram a
“Mineira” mas o “Novo Acordo” conseguiu fugir.
A presa
foi encalhada e sua carga dividida. Em resposta a esse ataque o governo federal
mandou para a Lagoa, sob o comando do inglês almirante Grenfell quatro navios
de guerra.
BATALHAS
NAVAIS
Esta
guerrilha náutica terminou quando o “Governo Farroupilha” resolveu atacar
Laguna usando esta pequena frota como apoio. O governo imperial preocupado com
os acontecimentos nas águas internas resolveu destruir os estaleiros no delta
do Camaquã, retomar o forte de Itapuã e o do Junco.
Contando
com uma frota numerosa foi fácil retomar esses redutos. Mas não conseguiram
capturar Garibaldi que, conhecendo bem a lagoa, se escondeu dentro do “Arroio
Capivari”, acima da lagoa do mesmo nome a duas milhas da sua foz.
Camuflaram
os mastros com a vegetação abundante das margens e começaram a executar o que
estava planejado, construir duas carretas para os barcos e leva-los até
Tramandaí.
Enquanto
o general Canabarro requisitava na região, em segredo, 200 bois de canga,
Garibaldi reuniu o material necessário, principalmente cordoalha e madeirame de
embarcações apreendidas.
As
margens do arroio foram aplainadas e os eixos e rodas submergidos sob os cascos
para montarem o que seria uma carreta.
Levaram
dois dias nessa tarefa, quando acharam que estava tudo pronto atrelaram 16
juntas de boi e tentaram começar a viajada. Não deu certo e quase virou o
barco. Finalmente no dia 5 de setembro de 1839 conseguiram tirar os barcos
d’água e começar o transporte por terra.
A viagem
por terra na distância de 54 milhas até a “Lagoa Tomás José” durou seis dias.
Lá chegados tiveram que preparar o terreno para recolocarem os barcos na água.
Três
dias após chegarem a Tramandai as âncoras foram içadas e os barcos entraram no
mar. A alegria de estar velejando no mar durou pouco, pois entrou um pampeiro
que acabou fazendo o “Farroupilha” ir a pique próximo a Araranguá.
Quando
Garibaldi conseguiu chegar na praia, perto da Pedra do Campo Bom, contou sua
tripulação e viu que tinha perdido 16 marujos dentre eles dois de seus
companheiros de infância e de aventuras, Carniglia e Matru.
O
“Seival” com John Griggs no comando, conseguiu se safar e continuou velejando.
Resolveram entrar em Laguna pela pequena barra do “Camacho”.
Com o
auxilio de um prático local o barco seguiu, com Garibaldi também a bordo pelo
tortuoso arroio até chegar a Laguna. Os imperiais mantinham no morro da Glória
sentinelas permanentes instruídos para controlarem a barra em direção ao mar.
PRENÚNCIO
DA MORTE
Em
Laguna, John estava prevendo algo de ruim. Na noite anterior nem conseguiu
dormir, rolou nos lençóis. Sentia no ar cheiro de tragédia.
Ao
clarear do dia foi à igreja, preparar-se para o pior. Ajoelhou-se no último
banco e rezou com um fervor que há muito não sentia. "Senhor, creio que
estás presente neste Sacrário e que me ouves. Acho que dentro de poucos dias
chegarei à “Tua Presença” levando apenas os meus pecados. Ajuda-me a
arrepender-me deles, para que eu possa ver a “Tua Face”.
Quando o
padre Araújo entrou no confessionário, Griggs ajoelhou-se e disse: “Sou
sacerdote. Abandonei a batina e a paróquia muito longe daqui. Julgo estar
arrependido de meus pecados e peço que me dê em nome de Deus a absolvição
deles. Há cinco, quase seis anos que não me confesso.”
“João
Grande” confessou, entre outras coisas, às relações pecaminosas com Margot,
Isabel, Margarida e outras, o adultério com Lucila e o escândalo consequente e
as dúvidas que sentia se de fato o último recurso para não morrer, fora matar.
Terminou
dizendo: “Creio, padre, que estou bem próximo da morte e me recomendo.” E assim
voltou a sua atividade a frente do “Seival”.
O COMEÇO
DO FIM
A
flotilha imperial era composta dos vasos de guerra “Imperial Catarinense”,
“Sant’Anna” e “Lagunense”, de dois lanchões e mais a escuna “Itaparica” e o
brigue “Cometa”.
As
tropas farroupilhas atacaram por dois lados e de repente surgiu o “Seival” na
boca do rio Tubarão e atacou a nave imperial “Sant’Anna”. Instalou-se o pânico
nas fileiras imperiais.
José de
Jesus, comandante da “Imperial Catarinense” sentindo a derrota próxima mandou
incendiar seu barco causando ainda mais confusão.
Dois
dias depois os farroupilhas tomavam de vez a vila. O governo imperial ciente de
que não deveria deixar os revolucionários saírem da barra de Laguna postou em
sua entrada o patacho “Desterro”, fortemente armado.
Garibaldi
mandou uma lancha sair rumo sul e o “Desterro” saiu em perseguição, dando-se
conta tarde demais que tinha sido enganado.
O
“Seival”, agora com Anna Maria de Jesus Ribeiro a bordo, depois conhecida como
Anita Garibaldi, mais os barcos “Caçapava” e “Rio Pardo” (provavelmente a
“Itaparica” rebatizada) aproveitaram a oportunidade e saíram barra a fora,
navegando toda a noite para se afastarem bem da costa.
Para o governo
imperial encontrar os piratas ficou sendo uma questão de honra.
Durante
a noite um barco da Marinha ficou ao largo retornando a perseguição ao
amanhecer. Por sorte uma forte rajada de vento rasgou algumas velas da corveta
que teve que voltar para Santos.
No
amanhecer do dia dois de novembro navegando numa boa empopada, próximo à ilha
de Santa Catarina, encontraram o patacho inimigo “Andorinha” armado com sete
canhões.
O “Rio
Pardo” tinha apenas um. Garibaldi atacou enquanto os outros barcos iam para
Imbituba. Trocaram tiros, com muitas viradas de bordo, durante duas horas, mas
com aquele vento forte, a pontaria não era boa havendo poucos estragos.
De manhã
foram atacados pelos imperiais em três barcos, o brigue “Andorinha”, o patacho
“Patagônia” e a escuna “Bela Americana”. Não se sabe por que motivo os
imperiais abandonaram o ataque no dia seguinte.
Aproveitando
Garibaldi despachou os feridos por terra saindo de noite e só sendo descoberto
depois que já havia entrado em Laguna.
Os
imperiais resolveram atacar com tudo o que tinham, por terra e por mar. Em 15
de novembro o almirante Mariath bloqueou a barra com nada menos que 13
embarcações diversas que tirando vantagem da maré e do vento se colocaram em
boa posição disparando canhões e fuzis à vontade.
Garibaldi
mandou Anita pedir reforços para Canabarro com ordem de lá permanecer. Pouco
depois voltou Anita em pé no bote com dois remadores assumindo pessoalmente o
transporte dos feridos e da munição. Fez ao todo 12 viagens.
A MORTE
DE “JOÃO GRANDE”
Três
horas depois terminou a batalha. Os republicanos tinham perdido 69 homens
inclusive todos os oficiais. Os barcos republicanos foram quase todos queimados
e o “Seival” abordado pela “Bela Americana”, porém sem encontrar ninguém à
bordo.
Griggs
estava no “Caçapava” que fora arrasado pelos canhões inimigos. Levantou os
braços para o céu e iniciou a prece das horas solenes, "Accipe, adhuc, me
Domine... "Recebe-me, agora Senhor..." Um clarão deslumbrante e um
tremendo estrondo de oito canhões disparando ao mesmo tempo cortou-lhe a frase
no meio.
O
abdômen, as pernas, com metade do varapau de “João Grande” se esparramaram
sobre a coberta da escuna. O busto, com a outra metade da borduna na mão, foi
colocada por Ruy Azambuja, seu piloto fiel, sobre a amurada, antes de abandonar
o navio.
Ao
chegar a bordo do "Caçapava" indefeso e ainda bombardeado pelos
canhões imperiais, Garibaldi viu o busto ereto, o impávido rosto corado e os
olhos abertos de seu amigo John Griggs, como se vivo fosse.
Na pira
ardente do navio que com bravura comandara, consumiu-se o corpo de “João
Grande”. E as cinzas se espalharam pela Laguna. Era o dia 15 de novembro de
1839.
No dia
22 de novembro o padre Francisco de Araújo rezou na igreja paroquial “Missa
Solene de Réquiem” pelos mortos na “Batalha Naval de Laguna”.
O
“Seival” foi encalhado e mais tarde posto a flutuar transformado em iate
mercante com o nome de “Garrafão”.
Navegou
muitos anos como mercante, acabando seus dias encalhado em uma praia em Laguna.
Em 1916, quando ia ser restaurado por historiadores italianos foi queimado.
Belo Texto! Daqueles que se começa ler e só se para no final!
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